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Para aluno, "bolsa" é excludente
da Reportagem Local
Para líderes universitários, os
números divulgados pelo MEC
confirmam as características "excludentes que sempre foram
apontadas ao Fies".
O principal problema abordado
é a exigência de comprovação de
renda mínima. "Quando o governo faz isso, ele impede que as pessoas que têm maior necessidade
consigam um financiamento",
afirma Wadson Ribeiro, 23, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).
No Fies (Financiamento Estudantil), a comprovação de renda é
fator determinante para a concessão de financiamento.
Se o valor que o aluno tem de
pagar à faculdade superar 60% de
sua renda média familiar, ele não
consegue o crédito. Floriano Pesaro, diretor do Fies afirma que
não ficaram de fora apenas as pessoas muito carentes, mas também
aquelas que escolheram cursos
caros, como os de odontologia e
de medicina, que chegam a R$
1.000 ou mais de mensalidade.
"Esses critérios não existem.
Você exclui uma pessoa de um
crédito educativo porque ela tem
condições de pagar a universidade, mas não porque escolheu um
curso caro ou porque não tem
condições para pagar", disse Daniel Vaz, 24, presidente da União
Estadual de Estudantes.
O Fies foi criado em maio de 99
em substituição ao Creduc (Crédito Educativo) e os alunos vão
passar a receber o financiamento
no dia 30 deste mês.
(CLEIDE FLORESTA)
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