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POLÍCIA
Operação inclui câmera de vídeo
Litoral tem plano contra arrastões
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
A Polícia Civil de Praia Grande
(SP) deflagra hoje uma operação
especial para evitar os arrastões
que se repetiram na orla durante
os últimos feriados prolongados.
As folgas de policiais civis no
município estão suspensas até
terça-feira. Quarenta e dois agentes e cinco delegados estarão nas
ruas diariamente até a madrugada com a missão de realizar policiamento preventivo.
Uma equipe munida de câmera
de vídeo vai circular pelo calçadão
da orla a fim de inibir a ação dos
grupos de adolescentes que, por
meio da intimidação aos banhistas, promovem sequências de furtos e roubos de relógios, correntes
e dinheiro. "As vezes, três, cinco
ou oito garotos se reúnem nos feriados e finais de semana para
roubar banhistas na areia e nos
calçadões. Geralmente, simulam
portar armas e acabam amedrontando as vítimas", declarou o delegado titular do município e
coordenador da operação, Milson
Sérgio Calves.
Policiais à paisana misturados
ao público e 12 veículos de equipes especializadas estarão distribuídos pelos bairros com maior
concentração de turistas na orla,
como Jardim Guilhermina e Boqueirão, onde funcionará uma
delegacia móvel.
A operação é uma tentativa de
reação à multiplicação dos casos
de furtos e roubos na orla no feriado de 7 de Setembro.
"O aumento foi mais acentuado
em relação aos finais de semana
normais e talvez tenha fugido um
pouco do nosso controle. Temos
esperança de que esse policiamento resulte numa diminuição
dos casos", disse o delegado.
O comandante interino da PM
em Praia Grande, tenente Carlos
Alberto de Moraes Pinto, afirmou
que os policiais militares têm
muita dificuldade de prender os
autores desses delitos porque eles
se livram rapidamente dos objetos roubados.
A proposta de instalação de câmeras de vídeo e de uso de helicópteros para o policiamento da
orla está gerando troca de farpas
entre o secretário estadual da Segurança Pública e o prefeito de
Santos, Beto Mansur (PPB).
Inconformado com a declaração do secretário segundo a qual o
sistema ainda não está implantado porque os prefeitos da região
não o procuraram para firmar
uma parceria, Mansur enviou telegrama à secretaria no qual se dizia aberto a um acordo, mas pedia
uma proposta concreta.
O secretário respondeu por
meio de fax encaminhado na noite de anteontem oferecendo aos
prefeitos da região um acordo para a compra de dois helicópteros
Esquilo novos no valor de R$ 2,3
milhões cada um.
A proposta prevê a aquisição
dos helicópteros pelos municípios. Em contrapartida, a secretaria oferece o piloto e assume as
despesas de operação, manutenção, combustível, seguro e base de
operações. Caso a proposta seja
considerada desvantajosa, o secretário também propõe a "inversão do ônus" -a secretaria compraria os helicópteros e os prefeitos assumiriam os demais encargos, cujo custo, segundo o secretário, "é muito mais alto" do que o
investimento para a compra dos
aparelhos.
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