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URBANISMO
Prefeitura planeja concluir obras de revitalização, orçadas em US$ 15,5 milhões, até o aniversário de 450 anos da cidade
Parque Dom Pedro terá cara nova em 2004
SÉRGIO DURAN
DA REPORTAGEM LOCAL
No dia 25 de janeiro de 2004,
quando a cidade de São Paulo
completar 450 anos, o parque
Dom Pedro 2º deve ser entregue à
população totalmente remodelado, segundo os planos da prefeitura. Orçada em US$ 15,5 milhões
(R$ 57,815 milhões na cotação de
ontem), a obra impôs uma corrida contra o tempo na Empresa
Municipal de Urbanização
(Emurb), que a executará.
O parque, na região central, tem
hoje poucas características de
uma área de lazer. Os viadutos e
avenidas que cortam o dom Pedro 2º inviabilizam passeios de
pedestres pelo local.
O arquiteto e paisagista carioca
Fernando Chacel, ex-assistente de
Burle Marx (1909-1994), assina o
projeto de revitalização. Entre as
soluções propostas estão a diminuição do terminal de ônibus, que
hoje congestiona a região, e a
transferência de parte das linhas
para outro terminal, a ser construído no Glicério, região vizinha
ao parque.
O dinheiro para a reforma virá
do financiamento solicitado pela
prefeitura ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
para várias obras no centro.
Até o momento, a cidade de São
Paulo negocia US$ 100 milhões de
empréstimo, mas o valor poderá
aumentar. No próximo dia 21, a
vice-presidente da Emurb, arquiteta Nadia Somekh, reúne-se novamente com técnicos do banco.
Pelo acordo com o BID, a prefeitura é obrigada a oferecer contrapartida de 100% do valor emprestado para receber o financiamento. Para não correr o risco de atrasar a obra caso o dinheiro do BID
demore a chegar, a prefeitura deverá destinar verba do Orçamento 2003 para a reforma do parque.
"Precisamos começar a obra em
janeiro para que tudo transcorra
tranquilamente", diz Nadia.
O projeto de Chacel planeja
promover a convivência harmoniosa entre avenidas e parque, a
exemplo do que ocorre no aterro
do Flamengo, no Rio de Janeiro,
projeto de Burle Marx.
A cobertura vegetal do novo
dom Pedro 2º será tão intensa que
dará identidade visual ao espaço.
Calçadões e pontes ligarão as ilhas
verdes cortadas pelas vias.
No Palácio das Indústrias, onde
hoje está o gabinete da prefeita
Marta Suplicy e as secretaria de
Governo e Comunicação Social,
funcionará um centro de convenções, administrado pelo Anhembi. A Casa das Retortas, que atualmente também abriga órgãos
municipais, será utilizada provavelmente como centro cultural.
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