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LITORAL
Ponto turístico de Mongaguá, na costa paulista, se deteriora à espera de mais R$ 3,2 mihões do governo do Estado
Obra que já gastou R$ 2,1 milhões pára por falta de verbas
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
As obras de restauração da Plataforma de Pesca de Mongaguá,
no litoral sul de São Paulo (86 km
da capital), que começaram em
fevereiro de 2003 e já consumiram
R$ 2,1 milhões do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), estão paradas desde junho deste ano à espera de mais verba.
A plataforma com forma de T é
considerada o principal ponto turístico de Mongaguá. De acordo
com a prefeitura, é a segunda
maior plataforma de pesca da
América Latina, com 400 metros
de extensão para dentro do mar.
Apesar das dimensões e da importância turística, a plataforma
nunca passou por reformas ou
obras de manutenção desde que
foi construída, na década de 70.
A falta de cuidados acabou por
desgastar o equipamento. Ao entrar na plataforma, o usuário passa por uma catraca enferrujada.
No corredor central, o piso, formado por placas de concreto, está
desnivelado, há fios expostos, várias muretas de proteção estão
destruídas e as vigas de madeira
que reforçam as estruturas danificadas estão apodrecendo.
A reforma, que começou em fevereiro de 2003, tinha previsão de
término em novembro do mesmo
ano. No entanto, até janeiro de
2004, apenas 27% dos trabalhos
haviam sido concluídos.
A demora motivou a prefeitura
a romper o contrato com a empresa vencedora da licitação, convocando, em seguida, a segunda
colocada no processo.
Inicialmente, a reforma total da
plataforma estava orçada nos R$
2,1 milhões já gastos. Porém, com
o início da obra, percebeu-se que
era necessário utilizar uma quantidade de material superior.
"Ao consumir mais material, diminuímos proporcionalmente
nossa área de intervenção", afirmou o diretor municipal de
Obras, Otávio Mosca Diz. Atualmente, 60% das obras foram realizadas. Para concluir a reforma total será necessário injetar mais R$
3,2 milhões.
Segundo Diz, Mongaguá enviou
um pedido de liberação de R$ 500
mil ao governo do Estado, mas
ainda aguarda resposta. Esse valor seria investido na conclusão
do entroncamento que dá acesso
aos braços laterais.
A Secretaria Estadual do Turismo informou que o governador
Geraldo Alckmin (PSDB) autorizou liberação de R$ 538 mil para a
continuação das obras.
De acordo com o diretor, há a
possibilidade de fazer uma interdição maior para resguardar a segurança dos usuários.
Apesar das obras, a prefeitura
afirma que passam pelo local cerca de 20 mil pessoas por mês. A
plataforma fica aberta 24 horas, e
o ingresso custa R$ 3.
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