São Paulo, sexta-feira, 09 de outubro de 2009

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Recarga do bilhete único falha e gera filas

Lentidão no sistema tumultua estações de trem e metrô em São Paulo; usuários levaram até 10 minutos para carregar cartão

Problema começou na segunda-feira, conforme admitiu a SPTrans, que previa o conserto da falha para a madrugada de hoje


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DO "AGORA"

A lentidão do sistema de recarga do bilhete único gerou longas filas ontem em São Paulo. Cerca de 6.000 postos da Rede Pague Express em diversas regiões da cidade foram afetados, provocando aglomerações e tumultuando as estações de trem e metrô.
O problema começou na segunda-feira. Quem tentava inserir créditos no cartão magnético -criado para ser, segundo a Pague Express, uma "mão na roda" para o usuário- teve dificuldade. A operação, que normalmente demora alguns segundos, com o sistema instável chegava a dez minutos.
A falha ocorreu por conta da "desestabilização no subsistema de armazenagem de dados" da SPTrans, conforme divulgado em nota.
De acordo com a empresa, o sistema não chegou a ficar inoperante e seria desativado da 0h às 3h de hoje para substituição do equipamento defeituoso. A previsão era que o sistema fosse normalizado às 4h.
A Planetek, empresa que administra a Pague Express, afirmou que o problema foi somente no sistema da SPTrans.

Sem ressarcimento
Depois de ter negado, anteontem, que o sistema de recarga do bilhete único viesse apresentando problemas, ontem a SPTrans admitiu que o sistema falhou durante toda a semana.
O diretor de informática da SPTrans, José Carlos Martinelli, disse que após as 4h de hoje, com a transferência da base de dados da central para outra máquina, seria possível analisar o que ocorreu.
"O problema está no computador central, e não nos aparelhos de recarga", afirmou.
A SPTrans informou, porém, que não fará ressarcimento aos passageiros que não conseguiram recarregar os bilhetes.
Revoltados, usuários reclamavam ontem da falha no sistema. "Quem vai ressarcir o meu prejuízo?", questionou ontem o estudante Alex Nogueira Soares, 22.
Ele disse que, sem poder usar o bilhete único, seu gasto diário com transporte público pulou de R$ 4,60 para R$ 16.


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