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No Rio, policiais
são acusados
por três mortes
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
Três policiais militares que
atuam na região metropolitana
do Rio de Janeiro são acusados de
assassinar três jovens, entre eles
uma adolescente de 13 anos, na favela Buraco de Cobra, no bairro
Boassu, em São Gonçalo.
O crime, ocorrido no dia 7 de
agosto, é mais um caso de violência policial no Rio e não foi incluído no relatório "Violência Policial
e Insegurança Pública", divulgado no último dia 21 pela ONG (organização não-governamental)
Justiça Global.
Apesar de terem sido denunciados por triplo homicídio duplamente qualificado (motivação
torpe e impossibilidade de defesa), os policiais suspeitos estão
soltos. Ligados ao serviço reservado da PM, foram identificados como os sargentos Anderson Medeiros da Silva, Wladimir Damasco Freitas e Michel Leandro Duarte da Silva.
Os mortos foram identificados
como Luciana Barbosa de Freitas,
13, João Carlos Raposo, 19, e Luiz
Eduardo Sales, 15. Segundo a denúncia, os três conversavam na
porta da casa de Luciana quando
policiais chegaram atirando.
Autor da acusação, o promotor
Paulo Roberto Melo Cunha Júnior afirmou que duas testemunhas viram os jovens sendo assassinados pelos policiais sem chance de defesa.
Outro lado
Na ocasião, os PMs disseram
que as três vítimas eram traficantes e estavam com dois revólveres
e uma pistola. Afirmaram também que o caso foi um auto de resistência, ou seja, os adolescentes
atacaram, e os policiais agiram
em legítima defesa. Para o comandante do 7º Batalhão, tenente-coronel Marcos Jardim Gonçalves, é difícil acreditar nas acusações creditadas aos seus três comandados. "São bons policiais,
combatentes e sempre realizaram
grandes ações. Estão sendo injustiçados, inclusive, pela própria
corporação", disse Gonçalves.
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