da Reportagem Local

Quatro moradores de rua que dormiam sob uma marquise em frente ao prédio da rua do Carmo abandonaram o local ontem de madrugada, após a invasão.
Segundo um dos moradores de rua, que não se identificou, entre os sem-teto havia muitas famílias, mas também muitos "picaretas".
Ele disse que dormia na rua do Carmo havia quatro anos, mas não ficaria ali enquanto durasse a invasão.
Do lado de dentro, os sem-teto se mostravam otimistas com a invasão e felizes por se verem livres de dormir sob as lonas e plásticos instalados em frente ao largo São Francisco, onde passaram 13 dias.
"Estou cansado de dormir embaixo de lona. Agora eu vou dormir em apartamento (referindo-se à sala que iria ocupar)", disse oajudante-geral Jeremias de Oliveira de Negreiros, 21, que estava indo para seu quinto endereço desde que entrou para o movimento de moradia há oito meses.
Após a desocupação, o camelô Carlos Roberto de Oliveira Martins, 58, vestido de Papai Noel, atirava balas do segundo andar do prédio, para tentar animar os novos desabrigados.


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