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Implosão atraiu 600 pessoas
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
Para a faxineira Nilza Leite, 42, a
queda dos pavilhões do Carandiru trouxe incerteza quanto ao seu
futuro. A faxineira trabalhou no
presídio de março a novembro e
agora está desempregada. Mesmo
assim, ficou feliz com o fim da cadeia. "Perdi o emprego, mas ganhei a segurança de não saber
mais de presos fugindo pelos
bueiros. Vivia com medo."
Um rápido bate-papo com o governador serviu para tranquilizá-la. "Ele me prometeu que a frente
de trabalho vai continuar."
Apesar da chuva, a implosão
atraiu cerca de 600 pessoas, que
aplaudiram quando os prédios
foram ao chão.
José Roberto Campos Cruz, 31,
teve de sair de casa às 9h, duas horas antes da implosão. Ele foi para
a casa de uma prima, também
próximo ao local, e tentou retornar logo depois da explosão para
ver se as paredes da casa estavam
danificadas e se o cachorro, deixado preso dentro de casa, estava
bem. "Esperei meia hora e vi que
as paredes não tinham rachaduras e o cachorro estava bem", disse ele, que disse estar contente
com a desativação do complexo.
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