São Paulo, segunda-feira, 09 de dezembro de 2002

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Implosão atraiu 600 pessoas

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

Para a faxineira Nilza Leite, 42, a queda dos pavilhões do Carandiru trouxe incerteza quanto ao seu futuro. A faxineira trabalhou no presídio de março a novembro e agora está desempregada. Mesmo assim, ficou feliz com o fim da cadeia. "Perdi o emprego, mas ganhei a segurança de não saber mais de presos fugindo pelos bueiros. Vivia com medo."
Um rápido bate-papo com o governador serviu para tranquilizá-la. "Ele me prometeu que a frente de trabalho vai continuar."
Apesar da chuva, a implosão atraiu cerca de 600 pessoas, que aplaudiram quando os prédios foram ao chão.
José Roberto Campos Cruz, 31, teve de sair de casa às 9h, duas horas antes da implosão. Ele foi para a casa de uma prima, também próximo ao local, e tentou retornar logo depois da explosão para ver se as paredes da casa estavam danificadas e se o cachorro, deixado preso dentro de casa, estava bem. "Esperei meia hora e vi que as paredes não tinham rachaduras e o cachorro estava bem", disse ele, que disse estar contente com a desativação do complexo.


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