São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2006

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Prefeitura suspende remédio usado em UTI

29 pessoas sofreram reações adversas, mas passam bem; fabricante diz que só uma paciente teve problemas

DA REPORTAGEM LOCAL

A vigilância sanitária da Prefeitura de São Paulo suspendeu ontem o medicamento Expan 6%, solução injetável, após 29 pacientes terem apresentado reações adversas à droga, como infecções. O remédio, um expansor plasmático, de uso hospitalar, é utilizado em serviços como UTIs, quando pacientes entram em choque -queda brusca da pressão arterial.
O uso do produto por hospitais assim como a sua comercialização em SP ficam proibidos durante investigação da vigilância sanitária. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi notificada e informou que também deverá tomar providências.
O Hospital 9 de Julho de São Paulo, unidade privada, confirmou que 29 pacientes receberam a droga e que parte teve reações adversas. Segundo o hospital, todos estão em condições clínicas estáveis.
A empresa indiana Claris, fabricante do remédio, negou ontem que 29 pacientes tenham passado por problemas e apontou que pode ter ocorrido sabotagem de concorrentes do produto -não foram citados nomes por Shaishth Bhatia, representante da empresa no Brasil.
De acordo com Bhatia, a Claris tem o registro de apenas uma paciente que passou mal. De acordo com ele, no entanto, ela teria recebido outros oito medicamentos. Ainda segundo Bhatia, apenas um lote do produto, de número 2346016, esteve envolvido no caso da paciente que teve reações adversas.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva, Douglas Ferrari, o medicamento faz parte de um grupo que não é de primeira escolha nos atendimentos de emergências em razão de relatos de reações a elementos artificiais presentes nas fórmulas. (FABIANE LEITE)


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