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EUA lançam pílula anticoncepcional para ser mastigada
Com sabor de menta e semelhante a um chiclete, remédio será alternativa para quando a dose regular for esquecida
De acordo com a agência reguladora do país, um terço das americanas esquece de tomar o contraceptivo uma ou duas vezes por mês
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK
Chegou ao mercado dos EUA
na última quinta-feira a primeira pílula anticoncepcional
mastigável. Sabor: menta. O
novo método contraceptivo
tem o mesmo teor hormonal e
princípio ativos dos comprimidos convencionais.
Lançado pelo laboratório
Warner Chilcott, o anticoncepcional é vendido como "alternativa", em caso de esquecimento. "Não lembrou de tomar
a pílula antes de sair de casa?
Vá à farmácia e compre o chiclete", anuncia o fabricante.
Segundo a FDA (Food and
Drug Administration, a agência
reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA), um terço das mulheres americanas esquece de tomar o contraceptivo
uma ou duas vezes por mês, o
que aumenta o risco de gravidez indesejada.
O remédio será vendido com
o nome de fantasia "Femcon
Fe". O laboratório afirma que o
efeito é igual ao das pílulas regulares, com ciclo de 28 dias. O
"Fe" é alusão ao símbolo químico do ferro, incluído na fórmula
da pílula.
Receita
O preço sugerido para o anticoncepcional mastigável é US$
44 (R$ 95), e é preciso receita
médica, como para a maioria
dos medicamentos vendidos
nas farmácias americanas.
A caixa com os novos anticoncepcionais mastigáveis é
vendida em tamanho menor do
que a das pílulas convencionais, com as dimensões de um
cartão de crédito.
A nova pílula é a versão mastigável do anticoncepcional
"Ovcon 35", do mesmo fabricante, lançado no mercado há
30 anos.
O laboratório disse à Folha
que planejava vender os chicletes com a mesma marca, mas
uma pesquisa com médicos e
farmacêuticos causou confusão entre as duas amostras, e o
lançamento foi adiado de setembro para este mês.
Com água
Mesmo mastigável, alerta o
fabricante, a pílula tem de ser
ingerida com ao menos 250 ml
de água.
Assim como outros anticoncepcionais, ela não reduz riscos
de doenças sexualmente transmissíveis e provoca os mesmos
efeitos colaterais.
"Não é a solução dos problemas, mas é uma ajuda bastante
significativa. É uma abordagem
muito boa no grupo de mulheres que desejam evitar a gravidez, sobretudo as jovens", afirmou o ginecologista Lee Shulman, diretor da Associação
Americana de Reprodução Humana.
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