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Pronta, rua Avanhandava espera só por inauguração
"Entrega" das obras executadas na via depende apenas da agenda do prefeito
Local de concentração de restaurantes, a rua na Bela Vista teve cabos enterrados e calçadas ampliadas, ao custo de R$ 1,5 milhão
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A revitalização da rua Avanhandava, na região da Bela
Vista, está pronta para ser inaugurada em janeiro, assim que a
agenda do prefeito Gilberto
Kassab (PFL) permitir.
Em cerca de 120 metros, entre as ruas Martinho Prado e
Martins Fontes, local de grande
concentração de bares e restaurantes -a maioria do empresário Walter Mancini- , as calçadas foram alargadas e fios e cabos, enterrados.
A um custo de R$ 1,5 milhão
-bancado por uma operadora
de cartões de crédito e pelos
restaurantes da área, a obra sofre críticas. A
prefeitura, que colocou guias e
sarjetas e fez as galerias de
águas pluviais, não soube estimar os seus gastos.
Walter Mancini diz que desconhece as críticas. "Agora não
tenho mais críticas, só tenho
aplausos", afirmou.
Tadeu Brás, engenheiro urbanista que elaborou o projeto,
disse que até a circulação de
carros melhorou, porque foi extinta a zona azul (estacionamento rotativo). "Tinha só uma
faixa de circulação de carros.
Agora, o trânsito chega no semáforo com duas faixas."
Brás afirmou que, como a rua
está mais bonita, a circulação
de pessoas aumentou em aproximadamente 15%.
A previsão inicial era que a
obra fosse concluída até julho.
Depois, o prazo mudou para setembro. A demora foi atribuída
às obras subterrâneas, de implantação das galerias e enterramento de cabos e fios.
Brás disse que todas as obras
que dependem do subsolo em
São Paulo demoram para ser
feitas. "O mapeamento em São
Paulo não é confiável. Você
nunca consegue terminar no
prazo", disse o engenheiro.
Já o afundamento da rua era
previsto, disse Brás. De acordo
com ele, a implantação das galerias causou o afundamento,
por isso a instalação do piso teve de esperar alguns meses.
O arquiteto Clayton Honório, idealizador do projeto de
desenvolvimento da região do
Bom Retiro, disse que reformar
as calçadas não resolve o problema. "As alterações no espaço urbano precisam contemplar todas as demandas, senão
serão excludentes."
Cândido Malta, arquiteto e
professor da USP, concorda
com o projeto de revitalização.
"Precisamos sinalizar para o
paulistano que a qualidade de
vida tem a ver com a redução do
número de veículos."
De acordo com a Secretaria
de Coordenação das Subprefeituras, a Avanhandava não tem
área para estacionamento e o
comércio do local não pode reservar vagas na rua com cones.
A secretaria informou ainda
que nunca recebeu reclamações em relação à reserva de vagas, mas que tomará providências quanto às reclamações que
chegarem.
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