São Paulo, quarta-feira, 09 de dezembro de 2009

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Nota de corte da Fuvest cai em 100 carreiras

Queda atingiu 92% dos cursos; mais que dobra o total de carreiras em que foi preciso só o mínimo de acertos para ir à 2ª fase

A desistência da USP em usar o Enem para compor sua nota final é apontada como a principal razão da queda, que já era esperada

PATRÍCIA GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL

A nota de corte deste ano da Fuvest caiu em 100 das 108 carreiras (92%) da USP em que é possível comparar o ano passado com este ano. A diminuição na nota mínima necessária para convocação para a segunda fase já era esperada por cursinhos e até pela universidade. "É o efeito Enem", diz Mauro Bertotti, coordenador do grupo de trabalho do vestibular da USP.
Carlos Alberto Ciscato, coordenador do cursinho Intergraus, também acredita que a nota de corte mais baixa se deve à decisão da USP de não aceitar mais o Enem para compor sua nota final. "Não foi o grau de dificuldade da prova", avalia.
Para Bertotti, novidade mesmo está na quantidade de cursos em que a nota de corte foi só a mínima exigida pela universidade: 22 pontos, ou 24,4% da prova. No ano passado, isso aconteceu em cinco cursos. Neste ano, ocorreu em 13.
"Isso quer dizer que a USP está levando alunos pouco qualificados à segunda etapa. É preocupante", diz Bertotti.
Como em anos anteriores, o candidato de medicina foi o que teve a tarefa mais difícil da primeira fase: acertar 74 das 90 questões (82,2% da prova).
Com as mudanças deste ano, a nota da primeira fase não será considerada no resultado final.
A lista dos convocados para a segunda fase está prevista para o dia 14 de dezembro, e as provas serão aplicadas nos dias 3, 4 e 5 de janeiro.


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