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BARBARA GANCIA
Festa teve toque das Organizações Tabajara
Não é porque estou voltando
ao batente só hoje que vou
deixar de dizer a minha sobre a
festa da posse, não é mesmo?
Posse mais "Organizações Tabajara" do que essa nunca se viu.
O Rolls Royce enguiçado, o café
da manhã com um Hugo Chavez
atrasado e até o ombro com bursite do novo presidente, tudo teve
um toque das Organizações Tabajara. Alô, Duda Mendonça! Já
pensou se aquele professor que
agarrou Lula pelo cangote não
fosse simpatizante do PT? A gente
teria micado com José Alencar como presidente. E o espelho d'água
do Congresso ter virado piscinão
de Ramos? Quer momento mais
Tabajara?
Só Franklin Martins e Boris
Casoy não perceberam que baixou neles uma Leci Brandão rápida. Em vez de posse de presidente,
parecia que eles estavam narrando desfile de escola de samba. Só
faltou dizer que a "comunidade
estava invadindo o gramado" ou
que a "evolução do desfile estava
dentro do horário". O Lula não
disse que ia fazer o Brasil ficar
com cara de Brasil? Pois estamos
na trilha certa. E se o ministro do
Fome Zero, José Graziano, tem
cara de Brasil, eu não sei, afinal,
ele nasceu nos EUA. Mas que é
igualzinho ao jornalista Sérgio
Monte Alegre, isso ele é. Um Monte Alegre menos engomadinho,
mas idêntico ao colunista que brilhou nos anos 80.
E quem não ficou com inveja
do deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP), que teve o desembarque mais rápido da história de
Congonhas? Diz que ele e a amiga
Maria Cristina Mendes Caldeira
deixaram o jatinho que derrapou
na pista, andaram dois passos e
acenaram para um táxi na av.
Rubem Berta. Já pensou que comodidade?
Se fiquei feliz com a volta de
Zagallo à seleção? Bem, depois de
ler o delicioso livro de Jorge Caldeira, "Ronaldo - Glória e Drama
no Futebol Globalizado", a vontade que dá é de mandar Zagallo
e Lídio Toledo cuidarem de um time de várzea na Patagônia.
A pré-estréia, na terça, de "007
- Um Novo Dia Para Morrer" foi
uma festa. Pena que o filme seja o
pior Bond desde "On Her Majesty"s Secret Service", com George
Lazenby.
Em sua coluna no jornal "O
Estado de S. Paulo", meu amigo
César Giobbi aconselha frequentadores de shopping a fazer "greve de compras" contra a presença
de cães nos estabelecimentos. Ave,
César! É o elefante e não o cão que
"incomoda muita gente"!
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