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Pedreiro critica falta de segurança
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA
"O mais impressionante de tudo é a falta de segurança. Quem
poderia esperar sofrer um acidente desses pela manhã?", perguntou ontem o servente de pedreiro
Renato Soares, 20, enquanto recebia atendimento no Hospital de
Pronto-Socorro de Venda Nova.
Soares estava no trem que chegava à estação. Estava sentado,
conta, mas foi arremessado para a
frente e bateu com o pescoço em
uma barra de ferro próxima à saída do vagão.
Sentiu uma forte dor no local da
lesão e no peito, mas conseguiu
sair do vagão, entre dezenas de
pessoas que se aglutinavam nas
portas.
"Quando saí, vi o maquinista no
chão, sangrando pela boca e se
contorcendo. Olhei para o outro
lado e só via gente gritando."
Soares diz ter esperado o resgate
por quase 20 minutos. Já atendido, teve o pescoço imobilizado e
ficou em observação no hospital
por toda a tarde de ontem, sendo
liberado no começo da noite.
"Acho que a estação não deveria
ter sido inaugurada, porque não
havia condição de dar segurança
para todos", afirmou ele, que pretende mover uma ação contra a
CBTU (Companhia Brasileira de
Trens Urbanos). Segundo a diretora-geral do Hospital de Pronto-Socorro, Sandra Gea, entre os 17
pacientes que ainda estavam no
hospital até a tarde de ontem não
havia casos graves. Todos foram
liberados antes do anoitecer.
Segundo o tenente coronel Hernandes José de Morais, 42, o resgate das vítimas foi facilitado pela
solidariedade das pessoas.
Célio Lopes de Assis, servidor
público aposentado, viu o acidente na estação. Se tivesse chegado
mais cedo, teria embarcado em
um dos vagões que bateram.
Ele disse ter pensado que a
aproximação dos trens era uma
"manobra normal do metrô".
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