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ACIDENTE
A mulher dele, que também participava da escalada na Argentina, passa bem e conversou ontem com a família
Corpo de dentista é resgatado no Aconcágua
DA FOLHA ONLINE
DA AGÊNCIA FOLHA
Equipes de salvamento resgataram, ontem à tarde, o corpo do
dentista brasileiro Eduardo Silva,
40, morto durante descida do pico
Aconcágua, na Argentina. Silva
morreu na sexta-feira, 12 horas
após chegar ao topo do Aconcágua, a 6.962 metros de altitude, o
maior pico das Américas.
O corpo foi levado para o IML
da Província de Mendoza, onde
passaria por necropsia. A mulher
do dentista, a jornalista Rita Bragatto, 34, que acompanhava o
marido na escalada, entrou em
choque durante a descida do pico.
Ela foi resgatada de helicóptero,
recebeu acompanhamento médico e passa bem.
Rita teria sido encontrada com
sintomas de desidratação e congelamento, informou Leopoldo
León, diretor de Recursos Naturais Renováveis da Província de
Mendoza, onde se ergue o Aconcágua. Acredita-se que o dentista
tenha sofrido um problema cardiorespiratório.
O corpo do dentista e a jornalista devem chegar ao Brasil em dois
dias, segundo o padrasto de Rita,
João Sartorelli. A estimativa foi
feita por funcionários do Consulado Brasileiro na Argentina.
Sartorelli afirmou que o corpo
passará por necropsia para determinar a causa da morte. Ele conversou por telefone com Rita na
tarde de ontem.
"Nós falamos rapidamente. Ela
garantiu que está tudo bem. Só
colocaram ela na linha para que
ouvíssemos a sua voz e ficássemos
um pouco mais calmos", afirmou.
Segundo ele, Rita falava aparentemente bem e negou que houvesse
tido um edema cerebral, como
chegou a ser anunciado.
O casal, que morava em Sorocaba (100 km de São Paulo), alcançou o cume do Aconcágua no começo da noite de quinta-feira e
desceu 200 metros até a chamada
Canaleta, onde parou para descansar, pois teria notado sinais de
congelamento.
O guia norueguês Lars Oslo, que
subia a montanha com um grupo,
encontrou os alpinistas brasileiros na sexta-feira e avisou por rádio a patrulha de resgate.
Os grupos de salvamento subiram para ajudar o casal, mas
Eduardo Silva já apresentava
complicações que o levaram à
morte, supostamente por parada
cardíaca, pouco antes de chegar
ao acampamento Berlim, a 6.100
metros de altura.
O casal se preparava para a escalada do Aconcágua havia sete meses. A preparação para a expedição ocorreu em montanhas no
Brasil e na Bolívia, como o casal
relatou no site www.casalaventura.com.br, pelo qual divulgava suas aventuras.
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