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Masp terá câmeras robotizadas e sensores
Museu firmou parceria com empresa que cuida da segurança do Louvre, que doará os aparelhos e treinará o pessoal
Com 48 equipamentos, sistema inclui câmeras com zoom que registram detalhes de um rosto, chamadas de "identificadores de face"
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois do susto, enfim o Museu de Arte de São Paulo deverá
ser equipado com um sistema
de segurança à altura das obras
que lá são expostas, avaliadas
em US$ 1 bilhão. O presidente
do Masp, Julio Neves, anunciou ontem a parceria com a
empresa LG Security Systems,
a mesma que cuida, por exemplo, da segurança do Museu do
Louvre, em Paris. Em dez dias,
o sistema deverá estar totalmente instalado.
Já está definido, por exemplo, que o Masp receberá câmeras robotizadas com sistema de
voz, que advertirão o visitante
que se aproximar demais de
uma obra. A frase de advertência ainda está para ser definida,
bem como os idiomas em que
ela será proferida.
Um reforço a esse tipo de
barreira será feito por sensores
de infravermelho, capazes de
detectar o calor do corpo humano que se aproxime demais
de uma obra, e de enviar um sinal de alarme para uma central
de monitoramento.
Câmeras chamadas de "day
and light" serão instaladas por
todo o prédio. Elas são capazes
de "enxergar" o ambiente mesmo sob escuridão total. A falta
dessas câmeras foi apontada,
no episódio do furto das obras
de Picasso e Portinari, como
um dos pontos mais sensíveis
da segurança atual do museu.
Também haverá "identificadores de face", na verdade câmeras com um zoom poderoso,
que registrarão detalhes de um
rosto humano.
O sistema, com um total de
48 equipamentos, se completa
com o que a assessoria da LG
Security Systems chama de
"câmeras robotizadas antivandálicas", que monitorarão as
atividades em todos os acessos
do museu. Resistem a pauladas,
daí o nome.
Ontem, o pessoal da LG reuniu-se com o do Masp para fazer o planejamento da instalação dos equipamentos, que são
todos importados da Coréia,
matriz da empresa. Não serão
divulgados, por razões de segurança, os pontos em que essas
câmeras serão instaladas.
Segundo Julio Neves, o investimento correrá por conta
da LG, que doará os equipamentos, contratará equipe de
instalação, treinará o pessoal e
cuidará da manutenção. Não
foram divulgados os valores da
operação.
Na reabertura do museu,
prevista para amanhã, o prédio
e o acervo ainda não contarão
com essa nova proteção. Julio
Neves disse, porém, que as modificações feitas em caráter
emergencial na segurança da
instituição são suficientes provisoriamente.
No dia 21, os secretários da
Segurança, Ronaldo Marzagão,
da Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey, e da Cultura,
João Sayad, vão se reunir para
discutir um plano de segurança
para todos os museus de São
Paulo, principalmente o Masp.
O que já está definido é que a
Polícia Militar terá uma base
bem em frente ao museu, na
avenida Paulista. Ela será construída no segundo semestre,
mas, até o fim deste mês, chegará ao local uma unidade móvel
da PM que funcionará como
base de segurança para toda a
avenida.
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