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Goiano morre com suspeita de febre amarela no Paraná
Ele passou o fim de ano em Caldas Novas (GO); em outro caso, paulistano fez exames em TO com sintomas da doença
Centro de Vigilância Epidemiológica de SP divulgou lista em que coloca 268 cidades em estado de alerta contra febre amarela
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
AFONSO BENITES
DA AGÊNCIA FOLHA
JORGE SOUFEN JR
DA FOLHA RIBEIRÃO
O bancário aposentado Almir
Rodrigues da Cunha, 46, morreu na madrugada de ontem em
Maringá (noroeste do Paraná)
com suspeita de febre amarela.
Internado desde o dia 6 no
hospital Santa Rita, Cunha havia passado o final do ano em
Caldas Novas (GO). Sua morte
fez com que a Secretaria Municipal da Saúde de Maringá intensificasse a vacinação contra
a doença na cidade.
Cunha era natural de Caldas
Novas e morava havia nove
anos em Maringá. Ele viajou
para Goiás em 22 de dezembro,
retornando no dia 1º.
Após a morte de Cunha, houve uma corrida a postos de vacinação de Maringá. Segundo
Edlene Loureiro Aceti Goes,
coordenadora de Vacinação de
Maringá, só no posto central foram vacinadas na tarde de ontem 400 pessoas. "Estamos
preparados para vacinar quem
procurar os postos de vacinação, mas nossa orientação é
priorizar quem viaja nos próximos dias para regiões onde a febre amarela silvestre ainda é
preocupante."
Paulistano
Outro caso de suspeita de febre amarela é o do engenheiro
paulistano Caio Panella Adaines, 34. Ele passou ontem pelo
Hospital Geral de Palmas (TO)
com sintomas da doença.
De acordo com o hospital, o
paciente realizou exames sorológicos e, dizendo estar se sentindo bem, retornou para o hotel onde estava hospedado.
Antes de ir para Palmas, o engenheiro, acompanhado da
mulher, esteve na Chapada dos
Veadeiros, em Goiás, e no Jalapão, no Tocantins.
De acordo com o gerente técnico da área de febre amarela
da secretaria, Whisllay Maciel
Bastos, ele não corre risco de
morte. O resultado do exame
para constatar se ele contraiu
febre amarela deve ficar pronto
em até dez dias.
Para a Secretaria da Saúde do
Tocantins, o engenheiro pode
ter contraído o vírus na viagem
que fez por Goiás. A gerente de
Vigilância Epidemiológica do
governo de Goiás, Magna Maria
de Carvalho, não descartou essa hipótese. "Só analisando a ficha do paciente é que saberemos onde ele pegou a doença,
caso ela seja confirmada. Pode
ser que tenha sido em Goiás ou
em qualquer outra região considerada endêmica do país."
Em entrevista a uma emissora de TV e a um jornal de Tocantins, o engenheiro disse que
não percebeu que seu cartão de
vacinação estava vencido. A vacina de febre amarela é válida
por dez anos.
A Folha não conseguiu contatar o engenheiro ontem.
Estado de alerta
O CVE (Centro de Vigilância
Epidemiológica) de São Paulo
divulgou lista em que coloca
268 municípios em estado de
alerta contra a febre amarela.
As cidades estão na área de
risco de transição, em que há
registro esporádico de presença do vírus da febre amarela na
natureza ou em humanos. Elas
estão na região de Presidente
Prudente, Araçatuba, São José
do Rio Preto, Barretos, Ribeirão Preto, Franca e Marília.
Tanto quem mora como
quem vai viajar para essas áreas
é aconselhado a tomar a vacina
caso não esteja imunizado -ou
seja, não tenha tomado a vacina
nos últimos dez anos. O indivíduo fica protegido dez dias após
tomar a vacina, que é gratuita.
As áreas de transição ou de
risco potencial, além das de São
Paulo, estão em Minas Gerais,
sul e oeste da Bahia, sul do Piauí
e norte do Espírito Santo, além
do oeste do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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