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Outro lado
Delegado diz que não há vagas na região; em viagem, governador Serra não comenta
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MONTE MOR
O delegado responsável pela
cadeia feminina de Monte Mor
(SP), Luís Antônio Loureiro
Nista, admitiu que o local está
superlotado, mas afirmou que
as presas recebem visitas de
uma ginecologista e de um dentista a cada 15 dias. "Superlotado está, mas há um empenho de
todos para melhorar e amenizar essa situação."
Nista disse que as presas recebem assistência médica
quando solicitam ou quando
passam mal. Ele disse que a situação atual é o recorde de superlotação desde que assumiu
o cargo, há cerca de seis anos.
O delegado confirmou que há
quatro presas grávidas no local,
mas disse que elas ficam separadas "na medida do possível"
das demais detentas.
Segundo ele, ainda não há
confirmação laboratorial de
que uma das presas está com
tuberculose.
Nista disse ainda que procura
atender às necessidades das
presas e que há dois meses algumas detentas passaram por
exames de mamografia. "A situação na cadeia não está tensa.
A última fuga ocorreu em agosto de 2005", disse ele.
O delegado afirmou ainda
que a cadeia de Monte Mor está
superlotada porque não há outra unidade com vaga na região.
A Secretaria da Segurança informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o governo tem plano para desativar todas as cadeias. Segundo a secretaria, as presas serão transferidas para penitenciárias que serão construídas.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou, por meio de sua assessoria, que a pasta pretende construir sete novas unidades prisionais femininas em 2008, cada uma com 550 vagas.
As obras serão em Votuporanga, Tupi Paulista, Tremembé, Pirajuí e em outras três cidades ainda em estudo.
Com as novas vagas, segundo
a assessoria, a tendência é a
transferência das presas de cadeias para unidades da SAP.
Governador
A Folha tentou ouvir o governador José Serra (PSDB) sobre
a situação da cadeia de Monte
Mor, mas a sua assessoria de
imprensa informou que ele não
poderia comentar o assunto
por estar em viagem aos EUA.
A reportagem procurou então o governador em exercício,
secretário de Desenvolvimento
do Estado, Alberto Goldman,
mas ele estava em uma reunião
e depois não foi localizado.
(MS)
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