São Paulo, quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

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Outro lado

Delegado diz que não há vagas na região; em viagem, governador Serra não comenta

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MONTE MOR

O delegado responsável pela cadeia feminina de Monte Mor (SP), Luís Antônio Loureiro Nista, admitiu que o local está superlotado, mas afirmou que as presas recebem visitas de uma ginecologista e de um dentista a cada 15 dias. "Superlotado está, mas há um empenho de todos para melhorar e amenizar essa situação."
Nista disse que as presas recebem assistência médica quando solicitam ou quando passam mal. Ele disse que a situação atual é o recorde de superlotação desde que assumiu o cargo, há cerca de seis anos.
O delegado confirmou que há quatro presas grávidas no local, mas disse que elas ficam separadas "na medida do possível" das demais detentas.
Segundo ele, ainda não há confirmação laboratorial de que uma das presas está com tuberculose.
Nista disse ainda que procura atender às necessidades das presas e que há dois meses algumas detentas passaram por exames de mamografia. "A situação na cadeia não está tensa. A última fuga ocorreu em agosto de 2005", disse ele.
O delegado afirmou ainda que a cadeia de Monte Mor está superlotada porque não há outra unidade com vaga na região.
A Secretaria da Segurança informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o governo tem plano para desativar todas as cadeias. Segundo a secretaria, as presas serão transferidas para penitenciárias que serão construídas.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou, por meio de sua assessoria, que a pasta pretende construir sete novas unidades prisionais femininas em 2008, cada uma com 550 vagas.
As obras serão em Votuporanga, Tupi Paulista, Tremembé, Pirajuí e em outras três cidades ainda em estudo.
Com as novas vagas, segundo a assessoria, a tendência é a transferência das presas de cadeias para unidades da SAP.

Governador
A Folha tentou ouvir o governador José Serra (PSDB) sobre a situação da cadeia de Monte Mor, mas a sua assessoria de imprensa informou que ele não poderia comentar o assunto por estar em viagem aos EUA.
A reportagem procurou então o governador em exercício, secretário de Desenvolvimento do Estado, Alberto Goldman, mas ele estava em uma reunião e depois não foi localizado. (MS)


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