São Paulo, quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

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Associação de promotores defende colega

Em nota, entidade refuta "conclusões precipitadas" sobre a morte do motoqueiro em Moema, com mais de 10 tiros, sábado

Promotores do Gecep pediram à Procuradoria de Justiça que revogue o afastamento de Pedro Baracat Guimarães Pereira

DA REPORTAGEM LOCAL

A Associação Paulista do Ministério Público de São Paulo divulgou ontem uma nota de apoio ao promotor Pedro Baracat Guimarães Pereira, que matou com mais de dez tiros um motoqueiro em Moema (zona sul de São Paulo), no último sábado. Baracat afirma que reagiu a uma tentativa de assalto.
Na nota, o órgão diz "hipotecar solidariedade ao seu associado" e que o reconhece "como profissional zeloso e de referência no contexto da instituição". Afirma, ainda, repudiar "veementemente quaisquer ilações ou conclusões precipitadas do fato a ser apurado pelas instâncias competentes".
Além da associação, colegas do promotor no Gecep (Grupo de Atuação de Controle Externo da Atividade Policial) enviaram carta à Procuradoria Geral de Justiça solicitando a revogação do afastamento de Baracat das funções no grupo.
Ele voltou para uma Promotoria criminal por causa da investigação aberta pela Procuradoria Geral.
Para colegas de Baracat, um dos motivos para o afastamento do Gecep seria a participação dele em uma representação contra o procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho.
A representação, enviada ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), acusava o procurador-geral de intervir em investigações dos promotores contra a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado.
Ontem, no "Blog do Promotor", dezenas de mensagens foram postadas por promotores e advogados em defesa de Baracat. Para a maioria, o fato de o promotor estar usando uma arma ilegal é um fato menor.
Baracat matou o motoqueiro com um pistola 9 mm, que é de uso exclusivo das Forças Armadas e da polícia. A arma, que tem o gatilho mais sensível e dispara vários tiros por segundo, também não estava em seu nome. Segundo o procurador-geral, o promotor pode terminar sendo responsabilizado por porte ilegal de arma.
No pedido encaminhado pelos promotores do Gecep à Procuradoria Geral, eles argumentaram que Baracat, por ser ex-policial civil, é um dos promotores que mais conhecem a estrutura da polícia paulista e o afastamento dele prejudica o trabalho do Gecep.


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