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Associação de promotores defende colega
Em nota, entidade refuta "conclusões precipitadas" sobre a morte do motoqueiro em Moema, com mais de 10 tiros, sábado
Promotores do Gecep pediram à Procuradoria de Justiça que revogue o afastamento de Pedro Baracat Guimarães Pereira
DA REPORTAGEM LOCAL
A Associação Paulista do Ministério Público de São Paulo
divulgou ontem uma nota de
apoio ao promotor Pedro Baracat Guimarães Pereira, que matou com mais de dez tiros um
motoqueiro em Moema (zona
sul de São Paulo), no último sábado. Baracat afirma que reagiu a uma tentativa de assalto.
Na nota, o órgão diz "hipotecar solidariedade ao seu associado" e que o reconhece "como
profissional zeloso e de referência no contexto da instituição". Afirma, ainda, repudiar
"veementemente quaisquer
ilações ou conclusões precipitadas do fato a ser apurado pelas instâncias competentes".
Além da associação, colegas
do promotor no Gecep (Grupo
de Atuação de Controle Externo da Atividade Policial) enviaram carta à Procuradoria Geral
de Justiça solicitando a revogação do afastamento de Baracat
das funções no grupo.
Ele voltou para uma Promotoria criminal por causa da investigação aberta pela Procuradoria Geral.
Para colegas de Baracat, um
dos motivos para o afastamento do Gecep seria a participação
dele em uma representação
contra o procurador-geral de
Justiça, Rodrigo Pinho.
A representação, enviada ao
CNMP (Conselho Nacional do
Ministério Público), acusava o
procurador-geral de intervir
em investigações dos promotores contra a Prefeitura de São
Paulo e o governo do Estado.
Ontem, no "Blog do Promotor", dezenas de mensagens foram postadas por promotores e
advogados em defesa de Baracat. Para a maioria, o fato de o
promotor estar usando uma arma ilegal é um fato menor.
Baracat matou o motoqueiro
com um pistola 9 mm, que é de
uso exclusivo das Forças Armadas e da polícia. A arma, que
tem o gatilho mais sensível e
dispara vários tiros por segundo, também não estava em seu
nome. Segundo o procurador-geral, o promotor pode terminar sendo responsabilizado por
porte ilegal de arma.
No pedido encaminhado pelos promotores do Gecep à Procuradoria Geral, eles argumentaram que Baracat, por ser ex-policial civil, é um dos promotores que mais conhecem a estrutura da polícia paulista e o
afastamento dele prejudica o
trabalho do Gecep.
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