São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2000


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Baixa adesão leva perueiros à calçada

da Reportagem Local

A baixa adesão da categoria reduziu o protesto dos perueiros clandestinos da zona sul de São Paulo no vão do Masp, na avenida Paulista, a uma passeata pela calçada, que não chegou a reunir 100 pessoas, até a Câmara Municipal.
Os perueiros e cobradores se reuniram em pontos diferentes da zona sul e foram, seguidos pelo Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran), até a avenida Paulista. Eles estacionaram suas lotações atrás do museu.
O protesto não chegou a atrapalhar o trânsito e os perueiros exibiram faixas criticando a gestão do governo Celso Pitta na área de transportes e a Guarda Civil Metropolitana (GCM).
A principal reivindicação dos perueiros é a suspensão da multa de R$ 3.192,00 e da fiscalização enquanto não terminar o processo de licitação que vai definir quais perueiros poderão continuar trabalhando e quais não poderão. Ontem, a SPTrans havia apreendido 22 lotações em mais um dia de fiscalização.
A baixa adesão à manifestação revoltou alguns participantes. "Não é para a Câmara que a gente tem que ir. A gente tem que ir para a cama", dizia o cobrador Valdemir Gomes Pinto.
Segundo um dos líderes do protesto, Valter Toledo, 33, a idéia de fazer uma manifestação pacífica, com uma passeata, sem fechar o trânsito, foi uma decisão proposital para melhorar a imagem da categoria, manchada por vários protestos violentos e desorganizados nos últimos anos.
Sobre a presença do CPTran na fiscalização, Toledo disse que os perueiros vão continuar rodando porque têm dívidas para pagar.
Após percorrerem a calçada da avenida Paulista e descerem a avenida Brigadeiro Luís Antônio, os perueiros foram recebidos na Câmara pelo vereador José Eduardo Martins Cardoso (PT), ao qual denunciaram que cinco líderes da zona sul estão sendo ameaçados de morte.
Cardoso os encaminhou ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público.
Os perueiros não adiantaram os nomes dos autores das ameaças. O Gaeco investiga a venda ilegal de linhas de lotação. (MARCELO OLIVEIRA)

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