São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2000


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Operação antidrogas acontece há 4 anos

da Agência Folha, em Tabatinga

A Operação 21 faz parte de um esforço que a Polícia Federal vem fazendo há quatro anos para extinguir no Brasil as atividades da organização Cachique Rivera.
A organização, criada e conduzida pelos irmãos Nicolas Cachique Rivera (líder), Adolfo Cachique Rivera e Segundo Gaudencio Cachique Rivera, tem sua base de atuação no Peru.
Formada por traficantes peruanos e colombianos, a organização usa o Brasil para enviar a pasta de cocaína a Colômbia.
Lá, a droga, por meio de processos químicos, é transformada em pó e distribuída para o resto do mundo.
Em junho de 98, a PF abriu inquérito para apurar a atuação da Cachique em território brasileiro.
No mês seguinte, a polícia brasileira localizou a pista de pouso clandestina, que foi explodida ontem. Na época, os policiais encontraram o traficante colombiano José Alfredo Cardona Zuleta, o Pangara. Ele foi preso e condenado a cinco anos de prisão.
Em 25 de janeiro, Adolfo Rivera foi detido pela polícia peruana na província de Contamana, em Loreto, no Peru. Foram encontrados com ele 35 fuzis de longo alcance, mas não drogas.
Alférez, como é conhecido Adolfo, vinha logo depois de seu irmão Segundo Gaudencio, o Capitán, na hierarquia da organização. Capitán fora preso pelas autoridades peruanas em 22 de dezembro do ano passado, também em Loreto.

Índios
De acordo com Mauro Sposito, encarregado da Unidade de Projetos Especiais da PF, a Cachique Rivera mantém diversas bases de atuação e de apoio nos dois países. Segundo ele, a organização arregimenta índios brasileiros para trabalhar no tráfico.
"A única forma de evitar que isso ocorra é ter uma fiscalização permanente", disse o presidente da Funai, Cláudio Frederico Marés de Souza Filho.
A polícia brasileira identificou também uma trilha que liga Bom Jesus (no Brasil) a Bolognesi, província de Requena, no lado peruano. (EdO)


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