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Operação antidrogas acontece há 4 anos
da Agência Folha, em Tabatinga
A Operação 21 faz parte de um
esforço que a Polícia Federal vem
fazendo há quatro anos para extinguir no Brasil as atividades da
organização Cachique Rivera.
A organização, criada e conduzida pelos irmãos Nicolas Cachique Rivera (líder), Adolfo Cachique Rivera e Segundo Gaudencio
Cachique Rivera, tem sua base de
atuação no Peru.
Formada por traficantes peruanos e colombianos, a organização
usa o Brasil para enviar a pasta de
cocaína a Colômbia.
Lá, a droga, por meio de processos químicos, é transformada em
pó e distribuída para o resto do
mundo.
Em junho de 98, a PF abriu inquérito para apurar a atuação da
Cachique em território brasileiro.
No mês seguinte, a polícia brasileira localizou a pista de pouso
clandestina, que foi explodida ontem. Na época, os policiais encontraram o traficante colombiano
José Alfredo Cardona Zuleta, o
Pangara. Ele foi preso e condenado a cinco anos de prisão.
Em 25 de janeiro, Adolfo Rivera
foi detido pela polícia peruana na
província de Contamana, em Loreto, no Peru. Foram encontrados
com ele 35 fuzis de longo alcance,
mas não drogas.
Alférez, como é conhecido
Adolfo, vinha logo depois de seu
irmão Segundo Gaudencio, o Capitán, na hierarquia da organização. Capitán fora preso pelas autoridades peruanas em 22 de dezembro do ano passado, também
em Loreto.
Índios
De acordo com Mauro Sposito,
encarregado da Unidade de Projetos Especiais da PF, a Cachique
Rivera mantém diversas bases de
atuação e de apoio nos dois países. Segundo ele, a organização
arregimenta índios brasileiros para trabalhar no tráfico.
"A única forma de evitar que isso ocorra é ter uma fiscalização
permanente", disse o presidente
da Funai, Cláudio Frederico Marés de Souza Filho.
A polícia brasileira identificou
também uma trilha que liga Bom
Jesus (no Brasil) a Bolognesi, província de Requena, no lado peruano.
(EdO)
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