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SEGURANÇA
Silva disse ser inocente
Funcionário da Anistia volta ao país e depõe
DA REPORTAGEM LOCAL
O funcionário da Anistia Internacional José Eduardo Bernardes
da Silva, apontado pela polícia como autor de atentados a bombas
em São Paulo, voltou ao Brasil e
prestou depoimento anteontem.
Ele negou ter enviado os três pacotes com cilindros cheios de pólvoras, no ano passado, ao presidente da Associação GLBT (gays,
lésbicas, bissexuais e transgênero), Roberto de Jesus, e a ele mesmo, com bilhetes ameaçadores
culpando um grupo skinhead.
Após a série de atentados, na semana que antecedeu o feriado de
7 de Setembro, Silva saiu do país.
Ele estava vivendo em Madri, na
Espanha, com a ajuda do programa de proteção da Anistia.
A polícia de São Paulo atribuiu a
ele a autoria dos atentados depois
de comparar a caligrafia dele com
a dos bilhetes enviados com os
pacotes-bombas.
Durante o depoimento, o funcionário da Anistia forneceu material escrito para uma nova perícia de sua letra. Depois, foi liberado. Segundo o advogado Alexandre Crepaldi, que o representa,
Silva permanece no Brasil.
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