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"Não tem jeito", afirma morador
DA REPORTAGEM LOCAL
De acordo com vizinhos da favela e alguns de seus ocupantes
ouvidos pela Folha, a convivência
no local é, em geral, tranqüila.
Mas uns e outros reconhecem que
parte dos moradores do entorno
apóiam a retirada da favela como
porque isso valorizaria a área.
Enquanto a média de preço do
metro quadrado no bairro é de R$
1.750, na rua Djalma Coelho, onde
fica a favela, o preço é de cerca de
R$ 1.200. Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio),
disse que, com a remoção, pode
haver valorização de 20%.
O engenheiro Jacques Yazbek,
63, que mora em uma rua em
frente à favela há 20 anos, afirma
que a relação com os moradores
dela sempre foi "de respeito". "O
pessoal da favela não tem criado
nenhum embaraço", afirmou.
Raimundo da Silva de Jesus, que
vive na favela há 17 anos, diz que
morar lá "é bom demais". "Tem
escola, posto de saúde e trabalho
perto." Para Valci Pereira de Jesus, há 20 anos no local, a mudança é inevitável. "Não tem outra solução, o juiz já decidiu. Ninguém
quer sair, mas não tem jeito", afirmou.
(VR)
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