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Provão de jornalismo só terá discursivas
BETINA BERNARDES
da Sucursal de Brasília
A prova mais inovadora do Exame Nacional de Cursos deste ano,
segundo o MEC, será a de jornalismo. Todas as questões para os formandos dessa carreira serão discursivas. Nas outras áreas, à exceção das de engenharias, as provas
têm também uma parte objetiva
(múltipla escolha).
"À comissão do curso decidiu
que o que deve ser avaliado em
jornalismo é a capacidade de elaboração de textos para diferentes
meios de comunicação, planejamento de cobertura jornalística e
solução de um problema ético",
disse Maria Helena de Castro, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).O provão acontece no dia
7 de junho.
A expectativa é que façam o exame 128,7 mil estudantes que se
formam em 98 em direito, administração, engenharias civil, elétrica e química, jornalismo, letras
(português), matemática, medicina veterinária e odontologia.
Conteúdos
Ontem, foram divulgados os
conteúdos das provas, definidos
por comissões, dos cursos que estréiam no provão neste ano: jornalismo, letras, matemática e engenharia elétrica.O perfil esperado
do formando de jornalismo é de
um profissional com cultura ampla, curiosidade intelectual, criatividade, domínio do idioma e das
estruturas narrativas e expositivas.
"De um modo geral, todas as
áreas têm exigido do formando
um perfil com capacidade de comunicação e liderança, para trabalhar em equipes multidisciplinares, e a disposição de ter uma
formação continuada, ou seja,
atualização profissional constante", afirma Maria Helena.
Todas as provas serão formuladas pelas fundações Carlos Chagas
e Cesgranrio. Ainda serão divulgadas as portarias com os conteúdos
dos cursos que fizeram parte do
provão anterior.
"Àpós o exame, fazemos a avaliação das provas com os coordenadores de curso, promovendo
ajustes e aperfeiçoamentos para
calibrar a prova", diz Tancredo
Maia Filho, diretor de Avaliação e
Acesso ao Ensino Superior do
Inep.
Na prova de direito deste ano,
por exemplo, deve ser exigida a
elaboração de um estudo de caso
no lugar do parecer pedido nas
provas de 96 e 97. A conclusão foi
que o estudo permite avaliar melhor o conhecimento do aluno.
A inscrição no provão é feita pelos coordenadores de curso. O
prazo termina no dia 29 de março.
No ano passado, 1.800 formandos
tiveram de pedir liminares na justiça para poder fazer a prova porque não haviam sido inscritos pelas suas instituições dentro do prazo.
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