São Paulo, terça, 10 de fevereiro de 1998

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Provão de jornalismo só terá discursivas

BETINA BERNARDES
da Sucursal de Brasília

A prova mais inovadora do Exame Nacional de Cursos deste ano, segundo o MEC, será a de jornalismo. Todas as questões para os formandos dessa carreira serão discursivas. Nas outras áreas, à exceção das de engenharias, as provas têm também uma parte objetiva (múltipla escolha).
"À comissão do curso decidiu que o que deve ser avaliado em jornalismo é a capacidade de elaboração de textos para diferentes meios de comunicação, planejamento de cobertura jornalística e solução de um problema ético", disse Maria Helena de Castro, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).O provão acontece no dia 7 de junho.
A expectativa é que façam o exame 128,7 mil estudantes que se formam em 98 em direito, administração, engenharias civil, elétrica e química, jornalismo, letras (português), matemática, medicina veterinária e odontologia.

Conteúdos
Ontem, foram divulgados os conteúdos das provas, definidos por comissões, dos cursos que estréiam no provão neste ano: jornalismo, letras, matemática e engenharia elétrica.O perfil esperado do formando de jornalismo é de um profissional com cultura ampla, curiosidade intelectual, criatividade, domínio do idioma e das estruturas narrativas e expositivas.
"De um modo geral, todas as áreas têm exigido do formando um perfil com capacidade de comunicação e liderança, para trabalhar em equipes multidisciplinares, e a disposição de ter uma formação continuada, ou seja, atualização profissional constante", afirma Maria Helena.
Todas as provas serão formuladas pelas fundações Carlos Chagas e Cesgranrio. Ainda serão divulgadas as portarias com os conteúdos dos cursos que fizeram parte do provão anterior.
"Àpós o exame, fazemos a avaliação das provas com os coordenadores de curso, promovendo ajustes e aperfeiçoamentos para calibrar a prova", diz Tancredo Maia Filho, diretor de Avaliação e Acesso ao Ensino Superior do Inep.
Na prova de direito deste ano, por exemplo, deve ser exigida a elaboração de um estudo de caso no lugar do parecer pedido nas provas de 96 e 97. A conclusão foi que o estudo permite avaliar melhor o conhecimento do aluno.
A inscrição no provão é feita pelos coordenadores de curso. O prazo termina no dia 29 de março. No ano passado, 1.800 formandos tiveram de pedir liminares na justiça para poder fazer a prova porque não haviam sido inscritos pelas suas instituições dentro do prazo.



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