da Reportagem Local

A maioria das 200 salas emergenciais em construção na rede estadual de ensino de São Paulo só deverá ficar pronta no início de março. É a previsão do secretário-adjunto estadual da Educação, Hubert Alqueres.
As salas deverão atender até 24 mil crianças de um total estimado em 6 milhões de matriculados.
Enquanto as obras não terminam, parte das crianças a serem destinadas às salas emergenciais está tendo aula em espaços alternativos (como bibliotecas e salas de vídeo). Parte não está assistindo aulas, mas terá reposição.
O sistema de reposição está sendo definido pelas escolas em conjunto com os pais, diz Alqueres, já que a construção das salas emergenciais está sob responsabilidade das APMs (Associações de Pais e Mestres).
O dinheiro é repassado às APMs, por meio das delegacias de ensino, que se responsabilizam por comprar as salas ou contratar as empresas para construí-las.
"Como as comunidades estão envolvidas no processo, elas estão decidindo como querem proceder com relação à reposição", diz ele.
Segundo a secretaria, 75% das salas estão sendo construídas na capital -principalmente nas zonas sul e leste, onde a demanda é maior - e nas cidades da Grande São Paulo. Cada uma custa R$ 20 mil.
O número de salas emergenciais necessárias este ano é 15% maior que em 98, quando foram construídas 173 unidades.

Rede municipal
Os 200 alunos da escola municipal Frei Damião, em São Paulo, que devem ser acomodados nas três salas emergenciais, não tiveram aula ontem, diferentemente do que havia prometido a Secretaria Municipal da Educação.
A escola terá três salas emergenciais, que deverão ficar prontas em uma semana e vão atender 400 alunos. Dessas, metade está tendo aula, provisoriamente, em uma escola de educação infantil da região e o resto permanece em casa.
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Educação informou que as crianças estão sendo atendidas.
Para contornar os problemas verificados anteontem, quando começaram as aulas, a Secretaria Municipal da Educação promete entregar, até o Carnaval, 10 mil carteiras e outros tipos de móveis às escolas sob sua administração.


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