São Paulo, Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 1999
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CPI do PPB livra vereador de investigação

JOÃO CARLOS SILVA
da Reportagem Local

Proposta de CPI apresentada ontem na Câmara pelo vereador Brasil Vita (PPB) para apurar denúncias de corrupção nas administrações regionais livra vereadores, o prefeito Celso Pitta (PPB) e secretários da investigação.
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que precisa de 28 votos para ser criada, limitaria a apuração a "funcionários subordinados" à Secretaria das Administrações Regionais.
O presidente da Câmara, Armando Mellão (PPB), confirmou à Folha que a proposta de Vita impede que sejam investigados vereadores, prefeito e secretários.
Além desta restrição, mesmo que seja aprovada na Câmara, a CPI de Vita não tem chances de ser efetivamente instaurada.
A proposta sugere a instalação da CPI só após a conclusão da investigação que já está sendo feita pelo Ministério Público.
Só que, como as regras da Câmara prevêem que a efetiva criação da CPI deve ocorrer até 15 dias após a sua aprovação e neste prazo não haverá conclusão da investigação no MP, a CPI poderá ser extinta.
Mesmo assim, a aprovação da proposta do PPB daria pelo menos 15 dias de vantagem à base de apoio de Pitta sobre o PT, partido que fez a primeira proposta de criação de CPI.
A vantagem começaria a contar a partir de amanhã, quando a proposta de Vita, apesar de inócua, poderá ser definitivamente colocada em votação.
Ontem, os vereadores governistas conseguiram protelar mais uma vez a votação da proposta do PT.
Eles já tinham conseguido impedir a avaliação da proposta na quinta-feira passada. Na sessão de hoje a manobra pode voltar a se repetir.

Féder
O vereador Bruno Féder anunciou ontem seu afastamento do PPB. Ele disse estar descontente com o partido, mas não anunciou nova legenda.


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