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ADMINISTRAÇÃO
Roberto Bortolotto nega ter vínculos com empreiteira que integra consórcio que disputa licitação do lixo
Responsabilidade é da LOT, diz secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário municipal de Infra-Estrutura Urbana, Roberto
Luiz Bortolotto, 54, disse ontem
que deixou a LOT Operações Técnicas Ltda. em fevereiro de 2000 e
não sabe por que apenas em julho
passado a empresa registrou seu
desligamento na Junta Comercial
do Estado de São Paulo. "Para
mim, a responsabilidade é deles.
Uma vez que assinei, estou fora."
A seguir, trechos da entrevista.
Folha - Quando o sr. se desligou
da LOT Operações Técnicas Ltda.?
Roberto Luiz Bortolotto - Em fevereiro de 2000 saí da Cia. Construtora Radial, que era a holding,
dona da LOT, e fui trabalhar na
barragem de Sobradinho (SC) até
dezembro [de 2000].
Folha - Até então [dezembro de
2000] não fora feita nenhuma documentação do desligamento?
Bortolotto - Não, embora eu tenha pedido à empresa.
Folha - Por que não foi feito um
documento de seu desligamento
em fevereiro mesmo?
Bortolotto - Isso eu vou até perguntar para a empresa. Eu pedi
para eles fazerem. Todo mês eu
vinha para São Paulo. Mas me
apresentaram o documento em
dezembro, eu assinei, e, para
mim, estava tudo correto.
Folha - Qual era sua função na
LOT Operações Técnicas?
Bortolotto - Eu era diretor técnico. Nunca fui acionista da LOT.
Eu era acionista da Radial.
Folha - O sr. acumulava duas funções, uma na LOT e outra na Radial?
E que tipo de serviço a LOT fazia?
Bortolotto Eu trabalhava só na
LOT, na área de limpeza pública.
Folha - Por que o sr. acha que a
empresa não registrou sua saída
em fevereiro e, depois, em dezembro de 2000?
Bortolotto - Eu vou perguntar
para eles o porquê disso. É responsabilidade deles, embora eu
seja co-responsável. Para mim, a
responsabilidade é deles; uma vez
que assinei, estou fora.
Folha - O sr. considera que a empresa, ao entregar para a comissão
de licitação um documento no qual
ainda consta seu nome, queria se
aproveitar disso de alguma forma?
Bortolotto - Não. Esse documento, de 1998, era válido na ocasião.
Mas, por que ele está lá, não sei se
é exigência do edital. Eu não sei
nada deste edital, não é da minha
pasta, nem posso me meter.
Folha - O sr. não falou mais com o
Elias [Chamma, sócio da LOT]?
Bortolotto - Raramente. Em três
anos que estou aqui, se falei uma
ou duas vezes com ele foi muito.
Eu atendo um monte de empresários aqui. E vou dizer mais: foi feita uma licitação para pavimentação comunitária e a Radial participou. Mas a comissão [de licitação] inabilitou-a por falta de documentação.
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