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JOÃO CLODOMIRO BROWNE DE ABREU (1927-2010)
Miro, arquiteto da primeira turma da USP
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A vida de João Clodomiro
Browne de Abreu virou até tese de mestrado. Há alguns
anos, a filha Cristina apresentou na faculdade o trabalho
"Do Idealista ao Arquiteto
Urbanista", sobre o pai.
Miro, como era chamado
pela mulher, formou-se na
Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da USP, uma instituição criada em SP no fim
dos anos 40. Dos 51 primeiros
alunos, só 26 se formaram,
Miro entre eles.
Ao longo da carreira, o rapaz -que era filho de um engenheiro- realizaria mais de
500 projetos de prédios residenciais e comerciais. Só de
escolas foram cerca de 40.
Fascinado pela arquitetura,
transferiu a paixão aos filhos.
Dos três que teve, dois seguiram a profissão. O filho Ricardo lembra que, na época do
vestibular, o pai o acordava
de madrugada para perguntar: "Filho, você vai fazer arquitetura, né?"
Admirador de Oscar Niemeyer, e aluno e amigo de Vilanova Artigas, ele atuou também no IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil).
Segundo a família, era um
homem extrovertido, brincalhão e de bem com a vida,
mesmo hospitalizado.
Há nove anos, sofreu um
AVC (acidente vascular cerebral), que lhe paralisou o lado
direito do corpo.
Ultimamente, seu xodó era
o bisneto, que morreu neste
ano de virose, com um ano e
dois meses. Internado havia
sete meses com uma pneumonia, Miro não foi informado do ocorrido. Morreu na
sexta, aos 82, deixando viúva,
três filhos, duas netas.
coluna.obituario@uol.com.br
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