|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Estatística de violência não é confiável
da Sucursal do Rio
Na discussão travada no final do
mês passado entre os governos do
Rio e de São Paulo sobre onde se
mata mais no país, uma das vítimas foi justamente a estatística.
Seja na divulgação de dados reconhecidamente incorretos (Rio),
seja na não-divulgação dos números (São Paulo), seja no recolhimento falho de informações sobre
criminalidade que vão formar essas estatísticas.
O governador do Rio, Anthony
Garotinho, reconhece que os números sobre criminalidade não
são precisos. O subsecretário da
Segurança Pública do Estado do
Rio, Luiz Eduardo Soares, acredita
que nenhum levantamento do tipo
no Brasil é 100% seguro.
No caso do Rio, o subsecretário
avalia que só em um ano, com a
conclusão do projeto de informatizar as delegacias da capital, os números serão mais confiáveis.
Hoje, por exemplo, não há nenhum levantamento sobre de que
forma os casos identificados inicialmente como ""encontro de cadáveres" são qualificados após o
fim do inquérito policial.
No Carnaval deste ano, por
exemplo, a PM informou ter registrado 33 homicídios e 48 "encontros de cadáveres". Legalmente, a
PM não tem competência para definir o tipo de morte.
O levantamento da PM é considerado mais falho e não costuma
ser usado como base para estatísticas oficiais sobre criminalidade.
Nesse caso, os dados usados são os
da Polícia Civil, que tem a obrigação legal de condução do inquérito. Seus números registraram 105
homicídios durante o Carnaval.
Texto Anterior: Capital de SP é mais violenta do que a do Rio Próximo Texto: Chuva fecha Anhangabaú e estação do metrô Índice
|