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VIOLÊNCIA
Polícia diz que um dos capturados esteve envolvido em dois homicídios, roubos a aviões da TAM e assaltos a carros-fortes
Presos acusados de liderar tráfico em favela
FERNANDO BARROS
MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Em uma operação surpresa na
favela da rua Alba, na Vila Santa
Catarina (zona sul de São Paulo),
a Polícia Militar prendeu ontem
de manhã Wallace da Silva, 26,
acusado de ser o comandante do
tráfico no local e seu "gerente",
Luiz Carlos Fernandes, 39.
Silva era procurado desde julho
passado, quando fugiu do presídio de Hortolândia (SP) para assumir o controle da favela, após a
morte de seu irmão Celso Alexandre da Silva, o Chambau.
Segundo o delegado Olavo Reino Francisco, da 2ª Seccional Sul,
também foram apreendidos 124
pedras de crack, um quilo de maconha e duas armas.
Silva movimentava, segundo a
polícia, R$ 70 mil por semana
com o tráfico e está condenado a
mais de 80 anos de prisão.
De acordo com o delegado
Francisco, ele esteve envolvido
em dois homicídios, roubos a
aviões da TAM, em Congonhas, e
assaltos a carros-fortes.
A polícia suspeita que Silva tenha sido o mentor das depredações de sete ônibus no mês passado, em protesto pela morte de Larissa Alves de Souza, 5, na favela.
Larissa foi vítima de um tiroteio
em uma operação do GOE (Grupo de Operações Especiais) da Polícia Civil. Os moradores da favela
acusam os policiais de terem atirado na menina. A polícia afirma
que houve troca de tiros.
Após o crime, os moradores disseram à imprensa que o tráfico
trazia melhorias à favela.
O delegado da Corregedoria da
Polícia Civil, Francisco Luppi, responsável pelo inquérito sobre a
morte da menina, diz que o exame de balística ficará pronto em
20 dias. Os policiais envolvidos na
ação estão trabalhando em serviços administrativos até que seja
concluído o inquérito.
No dia do crime, foram apreendidas três armas calibre 12, duas
de posse dos policiais do GOE e
uma que foi encontrada na favela.
"Se nenhuma dessas três armas
for aquela que disparou os tiros
fatais, vou ser obrigado a recolher
essas armas apreendidas hoje",
disse Luppi.
As armas vão passar pelo teste
de picote. De acordo com o delegado, o teste, que será feito pelo
Instituto de Criminalística, é garantido. "O pino que faz a cápsula
explodir deixa uma marca como
se fosse uma impressão digital."
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