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Para secretário de SP, tráfico tenta
colocar população de joelhos no Rio
FREE-LANCE DA AGÊNCIA FOLHA,
EM PRESIDENTE PRUDENTE
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, afirmou que a
ação dos traficantes no Rio de Janeiro é uma tentativa de colocar a
"população de joelhos" e um
atentado contra a democracia.
A afirmação foi feita a uma rádio de Presidente Prudente, interior de São Paulo, durante entrevista sobre as investigações em
torno da morte do juiz-corregedor de Presidente Prudente, Antônio José Machado Dias, 47, assassinado em 14 de março.
Para o secretário, o assassinato
do juiz teria sido motivado por
vingança e não um atentado contra a democracia. Segundo Abreu
Filho, "a morte do juiz foi muito
mais uma relação pessoal do magistrado em face dos bandidos."
Para ele, o fato "não tira a importância" do homicídio, mas
"tranquiliza a população". "Demonstra que não é um atentado
ao estado democrático, no sentido de colocar a população de joelhos, como a gente vê muitas vezes, pelo menos nas cenas, no vizinho Estado do Rio de Janeiro."
O secretário classificou como
"bravata" e "demagogia" a promessa de solução imediata para o
problema da violência no Rio.
"Dizer que a partir de amanhã termina o crime porque o secretário
da Segurança assumiu falando
grosso é bravata, demagogia e eu
não vou fazer aqui", afirmou, em
entrevista à rádio Comercial AM
de Presidente Prudente.
O secretário disse ontem, em
São Paulo, depois de entregar medalhas a parentes de policiais
mortos em serviço, que não se
lembrava de ter usado a expressão
"de joelhos" ao falar da população
do Rio de Janeiro. "Preciso ver o
contexto. Dei sete entrevistas seguidas. Não falaria isso da população do Rio. A população do Rio
está assustada, com razão", afirmou o secretário.
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