São Paulo, quinta-feira, 10 de maio de 2007

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entrevista

Foi trabalho digno, afirma Toni Garrido

DA REPORTAGEM LOCAL

O cantor Toni Garrido foi garoto-propaganda da cerveja Brahma no ano passado, na campanha da Copa do Mundo, ao lado de colegas como Zeca Pagodinho e Sandra de Sá. Ele disse à Folha que discorda do veto e da opinião do ministro. (DB)

 

FOLHA - Como vê as críticas do ministro e o possível veto aos artistas na publicidade de cerveja?
TONI GARRIDO -
Essa discussão é um equívoco. Por que vetar os artistas? O Ministério da Saúde proíbe a cerveja? Cerveja é ilegal? Não é. A cerveja é um produto liberado pelo governo, que gera arrecadação de impostos. Como pai de família, eu acho que foi um trabalho digno.

FOLHA - A restrição à publicidade teria efeitos negativos?
GARRIDO -
Olha, acho que o ministro tem outras coisas para se preocupar. São tantos os problemas da saúde no Brasil! Eu tenho direito de fazer propaganda de algo liberado, que o governo me permite consumir.

FOLHA - Faria propaganda de cigarros?
GARRIDO -
Não, porque não gosto de cigarro. Não faria propaganda de algo que eu não consumo. Se uma importadora de alfaces me chamar para fazer propaganda, eu posso fazer. Eu como alface, acho saudável. Entendeu?

FOLHA - Não teme que sua imagem na propaganda de cerveja incentive o jovem a começar a beber mais cedo ou a beber demais?
GARRIDO -
Não tenho esse temor. Minha cultura me ensinou que cerveja é uma coisa boa, não tem nada demais. O problema está no excesso e no descontrole. Outra coisa: os mesmos artistas que fazem propaganda de cerveja também fazem propaganda do governo. Eu, por exemplo, trabalho em um projeto do governo [Quilombo Axé].


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