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Rio reforça monitoramento de passageiros
Voos procedentes de países em que há registros de casos da gripe suína passam por procedimentos mais rigorosos
Para a Organização Mundial da Saúde, a vigilância reforçada em aeroportos pode adiar, mas não conter a propagação da doença
Marco Antônio Teixeira/Agência O Globo
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Funcionário do aeroporto do Galeão, no Rio, usa máscara para se proteger do vírus da gripe suína
DA SUCURSAL DO RIO
Após registrar o primeiro caso de transmissão da gripe suína no país, as autoridades de
saúde do Rio de Janeiro reforçaram o monitoramento dos
passageiros que chegam em
voos internacionais, principalmente de países onde já foram
registrados casos da doença.
O primeiro voo a passar pelo
procedimento foi o 0905 da
American Airlines, procedente
de Miami, com 175 pessoas. Os
passageiros foram informados
da fiscalização ainda na aeronave, desembarcaram em área
isolada e foram levados a uma
sala de acesso restrito, onde
preencheram um formulário
em que indicavam se apresentavam sintomas da gripe.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes,
daqui para a frente o procedimento será feito normalmente
durante o desembarque, mesmo se não houver suspeita de
passageiros doentes no voo.
O secretário municipal de
Saúde do Rio, Hans Dohmann,
afirmou que não foi identificado nenhum passageiro com os
sintomas no voo de Miami. A
medida, por enquanto, está restrita ao Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio.
Côrtes definiu a operação como um "aumento da sensibilidade" na procura por pacientes
que apresentem os sintomas e
afirmou que todos os voos internacionais que chegam ao
Rio serão alvo dessa estratégia.
"Os passageiros que saírem
dos voos responderão a simples
perguntas. A primeira é se ele
tem algum sintoma relacionado a febre e tosse. Se tiver, será
encaminhado para o nosso setor de triagem que foi criado
em parceria com a Anvisa
[Agência Nacional de Vigilância Sanitária]", disse.
Para a Organização Mundial
da Saúde, a vigilância em aeroportos pode adiar, mas não
conter a propagação da doença.
Côrtes reconheceu que a medida só conseguirá atingir passageiros que já apresentam os
sintomas da gripe durante o
desembarque. "Obviamente
nem essa abordagem vai conseguir resolver todos os casos.
Quem não tem sintoma, você
só vai conseguir identificar depois que ele procurar uma unidade de saúde em sua cidade."
Mesmo os voos que chegam
ao país primeiro em São Paulo
e depois seguem para o Rio serão abordados. "Vamos fiscalizar independentemente do trabalho que tenha sido feito em
São Paulo", diz Dohmann.
A estudante Renata Lobo Figueira afirmou que a vigilância
no Rio é muito maior do que
nos Estados Unidos, onde há
1.639 pessoas infectadas pelo
vírus. Lá, segundo ela, não houve nenhum tipo de abordagem.
No aeroporto de Cumbica
(Grande SP), na manhã de ontem, passageiros vindos do exterior apenas recebiam um folheto com informações sobre a
doença e ouviam um alerta sonoro recomendando que quem
apresentasse sintomas procurasse um médico da Anvisa.
Um técnico do órgão acompanhou o desembarque de um
voo vindo do México, mas não
realizou nenhum tipo de exame ou abordagem a passageiro.
Colaborou a Reportagem Local
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