São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 2011

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RUBENS DE GUIMARÃES SANTOS (1925-2011)

Fez cirurgias cardíacas por 50 anos

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Nos últimos seis anos, já aposentado e sentindo falta da antiga rotina, Rubens de Guimarães Santos dizia sonhar que estava realizando cirurgias. Foi isso que ele fez durante 50 anos de profissão.
Paulistano, filho de um contador e de uma dona de casa, ele se formou em 1952 pela Escola Paulista de Medicina e acabaria se tornando livre-docente da Santa Casa de SP em cirurgia cardíaca.
Em 1956, como assistente do médico e professor Hugo João Felipozzi, Rubens participou da primeira cirurgia da América Latina a utilizar um coração-pulmão artificial.
Apaixonado pelo centro cirúrgico, como lembra a família, costumava sair de casa de manhãzinha e só voltar no fim da noite. Trabalhou, entre outros, na Beneficência Portuguesa, na Santa Casa, no Samaritano, no São Camilo e no Instituto de Cardiologia Sabbado D'Angelo.
Muito metódico, brigou certa vez com a direção da Santa Casa por causa dos instrumentos cirúrgicos fornecidos pelo hospital. Por não gostar de usar os de lá, acabou comprando os próprios.
Durante um tempo, foi médico de uma fábrica de cigarro, a Sudan, e por isso tinha o produto de graça. Fumava de dois a três maços por dia.
Não se sabe se essa foi a causa de seu enfisema pulmonar. Recentemente, também combateu um linfoma.
Aposentado, brincava que o pijama tinha se tornado sua farda. Casado desde 1957 com Virgínia, morreu na quinta-feira, aos 86 anos. Teve cinco filhos e nove netos.
A missa do sétimo dia será amanhã, às 19h30, na paróquia Nossa Sra. do Carmo, na Aclimação, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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