São Paulo, segunda-feira, 10 de junho de 2002

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Campanha da empresa enfoca "preocupação ambiental"

DA REPORTAGEM LOCAL

Em abril -quando a Folha divulgou pela primeira vez o caso da Vila Carioca-, a Shell iniciou uma campanha publicitária centralizada em duas questões: "responsabilidade social" e "preocupação ambiental".
A campanha foi composta por dois comerciais de 60 segundos para TV -feitos pela agência JWT de Londres- e quatro anúncios impressos, dos quais três são de autoria da filial carioca da mesma agência. A veiculação foi concentrada nos meses de abril, maio e início de junho.
A empresa afirma, contudo, que a campanha já estava planejada anteriormente e não teve o objetivo de gerenciar uma provável crise de imagem gerada pela contaminação da Vila Carioca.
"Não foi realizada qualquer campanha nesse sentido", afirmou, por meio de nota oficial, a gerente de Desenvolvimento Sustentável da Shell Brasil, Simone Guimarães.
Os comerciais foram divulgados em vários países. Aqui, a campanha foi exibida em revistas, jornais e emissoras de TV aberta (Rede Globo) e paga (GNT, Globonews e Sportv).

Cenário brasileiro
Apesar de realizado pela JWT de Londres, um dos filmes foi produzido no Brasil e mostra a geóloga da Shell Frances Abbots-Guardiola dizendo que é possível conciliar exploração petroquímica com conservação da natureza.
O cenário escolhido para a gravação foi Parati, no litoral do Rio de Janeiro.
O filme já estava pronto desde 1998. Depois de poucas inserções em canais de TV paga em 1999, foi engavetado e só chegou a ser exibido na TV aberta neste ano.
O outro filme da campanha é novo, foi filmado na Itália no início de 2002 -mas a estréia mundial aconteceu nas TVs brasileiras. O anúncio mostra um cientista da Shell falando sobre o desenvolvimento de combustíveis mais limpos, testados em carros da equipe Ferrari de Fórmula 1.
A Shell não divulgou os custos da campanha nem o número de inserções realizadas na TV. Também não explicou por que o filme de 1998 só foi exibido agora.
Um minuto de comercial no intervalo do Jornal Nacional, da TV Globo, custa, aproximadamente, R$ 350 mil.
A Shell é uma das 150 maiores anunciantes do país. No ano passado, a empresa investiu R$ 8,2 milhões em publicidade. (RE)


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