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São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 2003

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RIO

"Se for provado, ele responderá", diz ex-governador

Garotinho muda o tom e admite que secretário pode ser punido

FABIANA CIMIERI
DA SUCURSAL DO RIO

O secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, mudou ontem o tom de suas declarações sobre o secretário de Esportes, Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira.
"Tenho o dever de ser imparcial, não vou condenar ou absolver ninguém por hipótese. Se for provado, ele responderá. Se não, quem acusou deve responder", disse Garotinho, que antes defendia Chiquinho, durante depoimento prestado à Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa do Estado do Rio.
A comissão investiga a denúncia do tenente-coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, ex-comandante do 4º BPM, de que, no início do ano, Chiquinho teria pedido uma "trégua" nas operações policiais no morro da Mangueira (zona norte do Rio), pois os traficantes não estariam "vendendo nada".
Mesmo assim, Garotinho diz que o episódio foi um mal-entendido. "É um problema de sintonia. Um falou uma coisa e o outro entendeu outra."
Garotinho voltou a responsabilizar o comandante-geral da PM, coronel Renato Hottz, pela exoneração de Costa Filho, em abril.
Ele disse que não tem "ódio" do ex-comandante. "Quem sabe se, com o tempo, provado que tenha boa conduta, o coronel venha a ocupar uma posição", afirmou.
O secretário disse ter pedido à governadora Rosinha Matheus (PSB) que as substituições de comandantes de batalhões e delegados de polícia sejam aprovadas pelo secretário de Segurança, em vez de simples indicação do comandante-geral da PM ou do chefe da Polícia Civil.


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