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RIO
"Se for provado, ele responderá", diz ex-governador
Garotinho muda o tom e admite que secretário pode ser punido
FABIANA CIMIERI
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho,
mudou ontem o tom de suas declarações sobre o secretário de Esportes, Francisco de Carvalho, o
Chiquinho da Mangueira.
"Tenho o dever de ser imparcial, não vou condenar ou absolver ninguém por hipótese. Se for
provado, ele responderá. Se não,
quem acusou deve responder",
disse Garotinho, que antes defendia Chiquinho, durante depoimento prestado à Comissão de
Segurança Pública da Assembléia
Legislativa do Estado do Rio.
A comissão investiga a denúncia do tenente-coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, ex-comandante
do 4º BPM, de que, no início do
ano, Chiquinho teria pedido uma
"trégua" nas operações policiais
no morro da Mangueira (zona
norte do Rio), pois os traficantes
não estariam "vendendo nada".
Mesmo assim, Garotinho diz
que o episódio foi um mal-entendido. "É um problema de sintonia. Um falou uma coisa e o outro
entendeu outra."
Garotinho voltou a responsabilizar o comandante-geral da PM,
coronel Renato Hottz, pela exoneração de Costa Filho, em abril.
Ele disse que não tem "ódio" do
ex-comandante. "Quem sabe se,
com o tempo, provado que tenha
boa conduta, o coronel venha a
ocupar uma posição", afirmou.
O secretário disse ter pedido à
governadora Rosinha Matheus
(PSB) que as substituições de comandantes de batalhões e delegados de polícia sejam aprovadas
pelo secretário de Segurança, em
vez de simples indicação do comandante-geral da PM ou do
chefe da Polícia Civil.
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