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TRANSPORTE
Prefeitura exigirá cartão personalizado de quem quiser usar mais de quatro ônibus no intervalo de duas horas
Gestão Serra cria restrição para bilhete único
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo José Serra (PSDB) vai
adotar regras mais rígidas para a
utilização do bilhete único: quem
quiser fazer mais de quatro viagens no intervalo de duas horas
-pagando somente R$ 2- deverá ter um cartão personalizado,
com nome e dados cadastrais.
A medida recebeu aval do prefeito para ser implantada nas próximas semanas. Ela será divulgada como forma de combater fraudes. Só não foi anunciada ainda
porque a prefeitura prepara uma
campanha de esclarecimento.
Conforme divulgou a Folha no
mês passado, há 25 mil casos por
dia -0,5% do total- de cartões
que registram mais de cinco viagens no intervalo de duas horas.
Ontem, pela primeira vez, a prefeitura também admitiu que já
existe uma limitação do cartão:
ele pode ser usado em no máximo
oito ônibus com uma só tarifa. "Já
funcionava assim quando assumimos", diz Frederico Bussinger,
secretário dos Transportes.
Com as alterações no bilhete,
quem já tem um cartão personalizado -idosos, estudantes, vale-transporte- não deverá enfrentar limitação diferente da atual.
A mudança vale para os que têm
cartões comuns, adquiridos em
casas lotéricas ou postos da
SPTrans (São Paulo Transporte).
Quem quiser manter seu bilhete
sem identificação poderá fazer no
máximo quatro viagens -a primeira paga e três gratuitas.
A divulgação das alterações está
sendo precedida de uma ofensiva
contra fraudadores -o que, para
os tucanos, é uma maneira de diminuir possíveis resistências.
Ontem, a SPTrans montou uma
operação com a GCM (Guarda
Civil Metropolitana), que deteve à
tarde sete pessoas participando
do chamado "golpe da janela".
Cinco delas, que mantinham 53
cartões, vendiam a passagem por
R$ 1 no centro mediante a devolução pela janela. Dois homens foram indiciados por estelionato.
Duas mulheres que compraram
dos fraudadores foram detidas
para prestar esclarecimentos.
Os acusados disseram haver conivência de funcionários dos terminais, os quais repassariam para
eles alguns bilhetes apreendidos.
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