São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Jogadores negam envolvimento com quadrilha

THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA

O atacante Robinho, titular do Santos, e o zagueiro Marcos Antonio Costa, o Preto, 26, ex-jogador do time, admitiram ontem conhecer o empresário Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho, mas negaram envolvimento em negócios com drogas.
Naldinho, 33, foi preso na segunda-feira acusado de chefiar uma quadrilha de tráfico de drogas na Baixada Santista. Ele foi condenado a seis anos de prisão, em 2002, por tráfico de drogas.
"Conheço vários tipos de pessoas, que me ligam e desejam boa sorte. Trato todo mundo bem. Mas tratar bem e estar envolvido é bem diferente", disse Robinho ontem, em entrevista à rádio CBN, após desembarcar em São Paulo vindo da Argentina, onde participou do jogo da seleção.
Naldinho era apontado pela polícia como amigo de Robinho. O diretor do Denarc, Ivaney Cayres de Souza, disse ontem que até o momento não há nada que incrimine Robinho.
"Esse grupo-base [do Santos] Diego [hoje no Porto], Preto, Robinho, Léo está junto desde 2002. Eles saíam juntos e conheciam o Naldinho. Mas era de restaurante, de festa de aniversário, de mulher", afirmou o advogado de Preto, Roberto Mohamed.
A polícia chegou ao nome do atleta após descobrir que é dele o radiotransmissor apreendido com Maurício Louzada Guilhardi, o Soldado, um dos presos pelo Denarc na operação.
O advogado divulgou uma nota na qual explica que o aparelho foi dado a uma garota de nome Claudete, que o jogador conheceu em julho de 2004, numa viagem a São Paulo junto com Naldinho.
"[Ele] deu a ela o rádio Nextel, para que mantivessem contato. O zagueiro adquiriu mais um aparelho, em seu poder até a presente data, e passou a pagar a conta dos dois", diz a nota.
Na nota, o advogado registra que o jogador não cancelou o aparelho para não pagar multa. O contrato é de um ano; ele foi comprado dia 7 de maio de 2004. "Ele deixou para cancelar agora, mas tumultuou por causa desse negócio de procurar clube."
Segundo o advogado, Preto diz não conhecer Soldado, nunca ter negociado com Naldinho e não ser usuário de drogas.


Colaborou a Folha Online


Texto Anterior: Cartão vermelho: Narcotráfico financiou vereador, diz polícia
Próximo Texto: Rumo a 2006: Alckmin celebra dado do Seade que aponta 19,4% menos assassinatos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.