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EDUCAÇÃO
Modificações propostas prevêem isenção proporcional ao número de bolsas concedidas pelas instituições
Comissão apóia mudanças para filantrópicas
DANIELA FALCÃO
da Sucursal de Brasília
A luta das universidades filantrópicas contra o fim da isenção previdenciária ganhou força ontem
com a decisão da comissão de deputados nomeada para discutir o
problema da filantropia de apoiar
projeto de lei do deputado Agnelo
Queiroz (PC do B-DF) que altera a
lei que acabou com a isenção.
A comissão -criada pelo presidente da Câmara, Michel Temer
(PMDB-SP), no início de maio-
concluiu que é preciso modificar a
Lei das Filantrópicas para corrigir
as distorções surgidas após sua regulamentação.
"A interpretação que o governo
fez da lei que tirou a isenção das
universidades filantrópicas não foi
fiel ao objetivo do legislador. Por
isso, teremos de alterar alguns
pontos", disse Queiroz.
Mudanças
A principal modificação proposta é garantir isenção da contribuição previdenciária às universidades filantrópicas equivalente ao
valor das bolsas -parciais ou totais- concedidas pela instituição.
Outra mudança é que também
poderão ser computadas no cálculo bolsas parciais que cubram pelo
menos metade da mensalidade.
Hoje, só as universidades que concedem bolsas integrais ganham
desconto.
A comissão, formada por um representante de cada partido, reuniu 300 assinaturas -43 acima das
257 necessárias para que o projeto
seja votado em regime de urgência.
"Agora, basta o presidente da
Câmara colocar a proposta de urgência em votação. Como a comissão tinha representantes de todos
os partidos, acredito que o projeto
será aprovado sem problemas",
disse Queiroz.
Na segunda-feira, hospitais e
universidades filantrópicos fazem
manifestação em todo o país para
pressionar o Congresso a aprovar
projeto que devolverá a isenção.
Creduc
O ministro Paulo Renato Souza
classificou de "lamentável e precipitada" a decisão dos reitores de 32
universidades filantrópicas de rejeitarem o novo Creduc (programa
de crédito educativo), decisão
anunciada anteontem.
Ele considerou improcedentes as
críticas feitas pelas filantrópicas de
que o novo programa prejudicará
os alunos porque os juros são altos
e não há prazo de carência.
As críticas das filantrópicas ao
novo Creduc foram apoiadas pelos
deputados, inclusive da base governista. "O programa deveria ter
criado um fundo de equalização
para oferecer juros mais baixos como eu havia proposto. Infelizmente, governo e oposição cometeram
equívocos", disse o deputado Nelson Marchezan (PSDB-RS).
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