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DISQUETES DA RECEITA
Nova regra implica mais custo
Governo quer mudar normas de segurança para evitar vazamentos
ANDRÉ SOLIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de identificar que os dados de contribuintes vendidos no
mercado foram copiados da base
de dados do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), a Receita Federal vai exigir
normas de segurança mais rígidas
na prestação do serviço. A portaria deve ser publicada hoje no
"Diário Oficial" da União.
A lista das novas regras significará um aumento de custo para a
Receita. Numa avaliação preliminar, apenas a exigência de que todos os dados sejam criptografados pode custar aos cofres públicos um adicional de R$ 40 milhões, segundo Wolney Martins,
diretor-superintendente do Serpro. A Receita gasta com o Serpro
cerca de R$ 200 milhões por ano.
O susto do Serpro, que significa
para os contribuintes o acesso a
seus dados confidenciais, fez com
que fossem antecipados investimentos só previstos para o final
do ano que vem, como a compra
de sistemas que identificam impressões digitais dos funcionários
que têm acesso aos dados.
Até o momento, o Serpro analisou 120 bilhões de registros atrás
de pistas do responsável, sem nenhum sucesso. Segundo Martins,
dos 5.000 funcionários do Serpro,
cerca de 600 possuem senhas de
acesso aos dados da Receita.
Além do criminoso que copiou
os dados, a Receita quer saber se
as normas de segurança antes estabelecidas estavam sendo cumpridas. "Caso seja comprovado o
descumprimento, a diretoria do
Serpro será considerada responsável", disse Pedro Luiz Gonçalves Bezerra, coordenador-geral
de tecnologia de Sistemas e Informações da Receita.
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