São Paulo, terça-feira, 10 de julho de 2001

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Movimento tinha Vargas como alvo

DA REDAÇÃO

O dia 9 de julho é considerado o símbolo da chamada Revolução Constitucionalista de 1932.
Nessa data, começou a rebelião armada contra o governo provisório de Getúlio Vargas por uma nova Constituição. Ao tomar o poder por meio de um golpe em 1930, Vargas havia prometido uma nova ordem constitucional.
A chegada do líder gaúcho ao Palácio do Catete, sede da Presidência da República no Rio, significou o fim da hegemonia política de cafeicultores de São Paulo e pecuaristas mineiros.
Os paulistas, acusando Vargas de atrasar a elaboração da nova Constituição, pegaram em armas contra o governo central. O então presidente da República classificou o movimento como separatista, acusação contestada pelos revoltosos.
Cerca de 50 dias antes, em 23 de maio de 1932, um ato, no centro de São Paulo, pela convocação de Assembléia Constituinte e pelo fim da intervenção nos Estados havia acabado em confronto com tropas do governo federal.
Quatro estudantes -Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo- morreram. Suas iniciais, MMDC, deram nome ao movimento clandestino que organizou a revolta.
Em 9 de julho, as tropas paulistas se posicionaram no Vale do Paraíba e nas divisas do Estado com Minas Gerais e Paraná.
O movimento esperava o apoio de Minas e do Rio Grande do Sul, que não houve. Sem condições para combate prolongado, a cidade de São Paulo foi logo cercada.
A luta terminou quase três meses depois, em 3 de outubro. Em 1934, uma nova Constituição brasileira foi promulgada.


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