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VOLTA REDONDA
Delegado quer dificultar soltura, diz advogado
Rapazes que agrediram homem são indiciados por crime hediondo
DA SUCURSAL DO RIO
O delegado Daniel Goulart, da
93ª DP, disse ontem que indiciou
sob a acusação de crime hediondo
os sete rapazes de classe média alta que agrediram um homem e o
jogaram do alto de um viaduto,
em Volta Redonda (129 km do
Rio), no sábado de madrugada. O
caso foi registrado por câmeras da
prefeitura. Os sete estão presos.
Para Goulart, houve crime hediondo porque a agressão se deu
por motivo fútil: o grupo teria atacado o construtor civil Mauro César da Silva, 35, após desentendimento por causa de uma mulher.
O delegado afirmou ter conversado com promotores e disse que
eles denunciarão os jovens por
suposto crime hediondo. Se processados, não poderão responder
em liberdade. Silva segue internado com fraturas nos braços e no
nariz e duas vértebras quebradas.
Goulart disse que outra pessoa
disse ter sido agredida por alguns
dos rapazes. Se isso ocorreu, o delegado pretende indiciá-los também por formação de quadrilha.
"Para isso, é preciso que pelo menos três deles tenham participado
de duas agressões diferentes."
Ele está analisando outra fita,
gravada pela prefeitura em 16 de
março, onde quatro rapazes chutam outro que estava caído.
Para o advogados dos rapazes,
Flávio Horta, a posição de Goulart
é "absurda". "A polícia está criando uma definição jurídica dos fatos para dificultar a soltura", disse
ele, que não vê elementos para enquadrá-los em crime hediondo.
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