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Perguntas ao acusado são proibidas
DA SUCURSAL DO RIO
O assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, Renato Homem de Almeida Neto,
proibiu os jornalistas de fazerem
perguntas ao suspeito Elton dos
Santos, o Batata.
Quando a Folha ignorou a proibição e perguntou ao acusado se
ele tinha atirado na universitária
Luciana Gonçalves de Novaes, o
assessor mandou os policiais da
escolta retirarem Batata da sala
onde estava sendo filmado e fotografado.
O suspeito se preparava para
responder quando foi levado do
local com rapidez pelos policiais.
Antes, em resposta à Folha, havia
dito que tinha 19 anos.
A proibição de perguntas aos
acusados foi anunciada pelo assessor aos cerca de 30 jornalistas
que, pouco antes, tinham participado da entrevista do secretário
Anthony Garotinho, do subsecretário Marcelo Itagiba e do chefe de
Polícia Civil, Álvaro Lins.
Almeida Neto avisou que era
proibido fazer perguntas assim
que Batata foi levado ao auditório
do 15º andar do prédio da Secretaria de Segurança, onde os integrantes da cúpula da secretaria tinham dado entrevista.
O delegado Luiz Alberto Andrade, presidente do inquérito, disse
acreditar que Batata não tem advogado. Segundo Andrade, o acusado, ao ser preso, havia dito que
tem um advogado.
Como até agora ninguém apareceu na DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) para defendê-lo, Andrade disse ter concluído que Batata mentiu ao dizer
que tinha advogado.
(ST)
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