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SEGURANÇA
Governo federal criou ouvidoria do sistema penitenciário e sete escolas com cursos de pós-graduação para agentes
Propostas de Lula começam a ser aplicadas
DA AGÊNCIA FOLHA
O Ministério da Justiça tenta
combater o problema dos presídios brasileiros implementando
propostas feitas pelo então candidato à Presidência da República
Luiz Inácio Lula da Silva, no Plano
Nacional de Segurança Pública.
Muitas das propostas ainda não
saíram do papel ou então estão
sendo apenas iniciadas.
Apesar de algumas propostas
ainda serem insipientes, como a
universalização de acesso ao SUS
(Serviço Único de Saúde) para os
presos, algumas medidas já foram
implementadas.
De acordo com o diretor do Departamento Penitenciário, do Ministério da Justiça, Cleiton Nunes,
o governo federal já criou a Ouvidoria Geral do Sistema Penitenciário Brasileiro, e os Estados estão iniciando o sistema.
O Departamento Penitenciário
foi reformulado durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva,
com a criação de diretorias autônomas. Essas diretorias são as responsáveis pela fiscalização dos estabelecimentos penais do país.
Até 2002, essas fiscalizações nos
estabelecimentos não eram realizadas com uma periodicidade definida. Anualmente, também será
feito o censo penitenciário.
Agentes
Uma das maiores preocupações
dos especialistas é relacionada à
qualidade da preparação dos
agentes penitenciários que trabalham com os detentos dentro dos
estabelecimentos.
O Ministério da Justiça criou o
Departamento de Ensino do Sistema Penitenciário Nacional na
Escola Superior de Segurança e
Proteção Social.
Até agora, foram criadas sete escolas penitenciárias no Brasil,
com cursos de pós-graduação para agentes das instituições. No entanto, muitas das medidas do plano ainda não estão em funcionamento no país.
O diretor de Departamento Penitenciário considera que será
possível implementar as melhorias apontadas no Plano Nacional
de Segurança Pública, se os Estados participarem mais ativamente do processo. Nunes cita o
exemplo do Infopen (sistema informatizado sobre os presos e
suas penas).
O sistema já está em funcionamento no Ministério da Justiça,
mas as informações para alimentar o banco de dados serão fornecidas pelos Estados.
Até agora, poucos Estados repassaram informações completas
para o Ministério da Justiça.
Com o sistema operacional, será
possível haver um controle mais
efetivo sobre o cumprimento das
penas e o fornecimento de benefícios para os presos -como a liberdade condicional.
(TIAGO ORNAGHI)
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