São Paulo, sábado, 10 de julho de 2004

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VIOLÊNCIA

No Rio, o assaltante foi preso; anteontem, após sair de um bar, empresário e segurança, um policial, foram mortos

PM persegue ladrão e estudante é baleado

TALITA FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O estudante Leonardo Vieira do Rego, 24, foi atingido por uma bala perdida no peito durante uma perseguição de policiais militares a um suposto assaltante no centro do Rio, por volta das 14h de ontem. Na noite da última quinta-feira, um empresário e seu segurança, um policial militar, haviam sido assassinados também na região central da cidade.
Na versão oficial, policiais militares dispararam tiros na perseguição a Alessandro Luiz Oliveira, 26, que teria roubado um pedestre na rua da Quitanda. Uma das balas acertou o peito do estudante. Oliveira foi preso.
A Secretaria de Segurança Pública informou por meio de nota, no início da noite de ontem, que o comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar, coronel Giovanni Caroprese Neto, determinou a prisão administrativa, por 72 horas, do cabo Marco Aurélio de Oliveira Braga, que confessou ter feito um disparo com sua arma.
Em depoimento na 1ª Delegacia de Polícia, o cabo Braga afirmou que fez o disparo porque o criminoso que ele perseguia teria esboçado sacar uma arma.
Até a conclusão desta edição, o Hospital Souza Aguiar, para onde o estudante foi levado, não informara seu estado de saúde.
O empresário Leandro de Souza Gomes, 32, e seu segurança particular, o soldado PM Carlos Henrique Dias, 30 foram assassinados por volta das 21h30 de anteontem. Em janeiro, segundo parentes, Gomes havia sofrido outro ataque no qual foi atingido por sete tiros.
Gomes era dono da agência de turismo American Tour Club e da Gigante Sound -empresa especializada em som para carros.
A polícia investiga a hipótese de crime encomendado, já que nada foi roubado do empresário. A agência de turismo de Gomes era investigada pela polícia por crime de suposto estelionato.
O empresário saíra de um bar na rua Senador Dantas e caminhava em direção à sua camionete quando foi atacado. Ele estava acompanhado ainda de sua mulher, Simone, e de um amigo, cujo nome não foi divulgado pela polícia. A mulher e o amigo tinham acabado de entrar no carro quando dois ou três homens se aproximaram de Gomes e dispararam cerca de 30 tiros contra o empresário e o segurança.
O dono da agência de turismo foi atingido no peito e no rosto e morreu no local. Seu segurança, que era lotado no 35º Batalhão de Polícia Militar, em Itaboraí, foi alvejado por três tiros nas costas. O soldado Carlos Henrique Dias foi levado para o Hospital Souza Aguiar, onde morreu. De acordo com testemunhas, o grupo de criminosos fugiu em um Gol.


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