São Paulo, terça-feira, 10 de julho de 2007

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Promotores decidem em 45 dias se denunciam controladores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os promotores da Justiça Militar em Brasília decidirão em 45 dias se oferecem denúncia contra os cinco controladores do tráfego aéreo indiciados em IPM (Inquérito Policial Militar) sob acusação de comandarem o motim que parou os principais aeroportos do país em 30 de março último.
Os promotores Jaime de Cassio Miranda e Ana Carolina Leiro disseram ontem que começaram a analisar o IPM, mas que ainda não sabem dizer se irão oferecer denúncia.
Na sexta-feira, eles receberam os autos do inquérito, que tinham sido enviados pelo Comando da Aeronáutica à Justiça Militar. O prazo inicial é de 15 dias, mas pode ser prorrogado duas vezes. Miranda afirmou que a tendência é usar os 45 dias. "O primeiro prazo vai ser para estudar os autos."
Ele afirmou que, em tese, o crime de motim pode ser punido com pena de 4 a 8 anos de prisão e expulsão das Forças Armadas. Os líderes podem ter acréscimo de um terço na pena de prisão. Ele disse, porém, que não sabe se existem indícios suficientes para denunciá-los.
Dois dos indiciados no IPM são Wellington Rodrigues e Carlos Trifilio, que presidem associações de controladores e são apontados como líderes da paralisação. Ambos estão em prisão administrativa.
Eles foram presos por denunciarem as condições de trabalho nos centros de controle e criticarem o Comando da Aeronáutica. Antes, eles e outros 12 colegas tinham sido afastados do controle comercial sob acusação de "liderança negativa".


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