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Para associação de agências, restrição é inconstitucional
DA REPORTAGEM LOCAL
A Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade)
informou ontem considerar inconstitucional o projeto para
restrição de publicidade voltada à criança. Para ela, a proposta não passará na Comissão de
Constituição e Justiça.
"O Estado só pode legislar sobre publicidade de bebidas alcoólicas, medicamentos, tabaco e agrotóxico", disse Dalton
Pastore, presidente da Abap.
A Abert (associação brasileira de rádios e TVs) é "radicalmente contra" as restrições à
publicidade infantil, de acordo
com seu presidente, Daniel
Slaviero.
"Esse substitutivo nega à população o acesso a novos produtos e certamente inviabilizará a produção de programas infantis e de canais exclusivos para crianças, que sobrevivem
graças à publicidade."
A Rede Globo afirmou, por
meio de sua central de comunicação, que "lamenta duplamente: tanto pelo surgimento
de mais uma iniciativa contra a
liberdade de expressão, quanto
por verificar que parte da mídia
só se incomoda quando atingida diretamente".
Para Jorge Broide, presidente da conselho consultivo da
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, "a criança não pode ser vítima da propaganda".
Professora da USP e da PUC
de São Paulo, a psicanalista Míriam Rosa, especializada em
psicologia infantil, afirma que é
preciso ter "preocupação com o
caráter educativo da mídia".
"Dada a força da mídia e o
grau de fascínio que a imagem
promove -e a exposição que a
criança tem sem a devida mediação dos pais-, acho que é
benéfico", diz Rosa.
Guilherme Canela, coordenador da Agência de Notícias
dos Direitos da Infância, a Andi, defende as restrições.
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