São Paulo, sábado, 10 de julho de 2010

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Três foragidos são presos pela polícia

Amigos de Bruno e administrador de sítio foram levados ao Departamento de Investigações em Belo Horizonte

Coxinha e Flávio são suspeitos de esconder o filho de Eliza Samudio e de estarem presentes no local do cárcere


DE BELO HORIZONTE

A polícia de Minas prendeu ontem os três homens que ainda estavam foragidos no caso do desaparecimento de Eliza Samudio.
Amigos do jogador, Wemerson Marques de Souza (o Coxinha) e Flávio Caetano de Araújo chegaram no início da noite com Elenilson Vitor da Silva, administrador do sítio de Bruno, ao Departamento de Investigações, em Belo Horizonte.
Coxinha e Flávio são suspeitos de esconder o filho de Eliza em Contagem (MG) e de estarem presentes no sítio de Bruno enquanto a ex-namorada era mantida em cárcere privado. Flávio e Bruno saíram juntos do sítio no dia da morte de Eliza, segundo depoimentos.
Elenilson, segundo a polícia, foi omisso enquanto Eliza ficou detida, mentiu em depoimento e pode ter ocultado indícios do crime.

OUTRO LADO
O advogado dos três, Ércio Quaresma, disse que seus clientes seguirão a mesma estratégia de ficar em silêncio já cumprida por Bruno, Macarrão e Bola.
Quaresma, que também defende Bruno, Macarrão e Dayanne Souza (mulher do jogador), disse que eles não se pronunciam porque a defesa ainda não teve acesso ao inquérito.
Ele não apresentou, entretanto, pedido por escrito para ver as investigações. O advogado nega a participação de todos no crime.

BOLA
O advogado Rodrigo Braga, que defende Bola, também reclamou da falta de acesso ao inquérito. Ele disse que o ex-policial é inocente e que não conhece os outros envolvidos, como Bruno, Eliza ou o adolescente que o acusou de ter matado a ex-namorada do jogador.
Braga diz que, quando chegar a hora, seu cliente falará "toda a verdade porque não tem nada a esconder".
Outro advogado de Bola, Zanone Oliveira, defendeu que o ex-policial fique calado e não forneça material genético à polícia.
O advogado de Sérgio Camelo (primo de Bruno), Marco Antônio Siqueira, reafirmou que seu cliente só esteve no sítio de Bruno, mas sem participar da morte de Eliza.
Ontem, o delegado Edson Moreira, que comanda as investigações, disse que os dados não foram liberados aos advogados porque eles não fizeram o pedido corretamente à presidente do inquérito, Alessandra Wilke.
"Quando for feito o pedido correto, a parte que puder será franqueada, embora o inquérito seja sigiloso. Ninguém está impedindo o trabalho de ninguém", afirmou. (PAULO PEIXOTO e RODRIGO VIZEU)


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