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Três foragidos são presos pela polícia
Amigos de Bruno e administrador de sítio foram levados ao Departamento de Investigações em Belo Horizonte
Coxinha e Flávio são suspeitos de esconder o filho de Eliza Samudio e de estarem presentes no local do cárcere
DE BELO HORIZONTE
A polícia de Minas prendeu ontem os três homens
que ainda estavam foragidos
no caso do desaparecimento
de Eliza Samudio.
Amigos do jogador, Wemerson Marques de Souza (o
Coxinha) e Flávio Caetano de
Araújo chegaram no início
da noite com Elenilson Vitor
da Silva, administrador do sítio de Bruno, ao Departamento de Investigações, em
Belo Horizonte.
Coxinha e Flávio são suspeitos de esconder o filho de
Eliza em Contagem (MG) e de
estarem presentes no sítio de
Bruno enquanto a ex-namorada era mantida em cárcere
privado. Flávio e Bruno saíram juntos do sítio no dia da
morte de Eliza, segundo depoimentos.
Elenilson, segundo a polícia, foi omisso enquanto Eliza ficou detida, mentiu em
depoimento e pode ter ocultado indícios do crime.
OUTRO LADO
O advogado dos três, Ércio
Quaresma, disse que seus
clientes seguirão a mesma
estratégia de ficar em silêncio já cumprida por Bruno,
Macarrão e Bola.
Quaresma, que também
defende Bruno, Macarrão e
Dayanne Souza (mulher do
jogador), disse que eles não
se pronunciam porque a defesa ainda não teve acesso ao
inquérito.
Ele não apresentou, entretanto, pedido por escrito para ver as investigações. O advogado nega a participação
de todos no crime.
BOLA
O advogado Rodrigo Braga, que defende Bola, também reclamou da falta de
acesso ao inquérito. Ele disse
que o ex-policial é inocente e
que não conhece os outros
envolvidos, como Bruno, Eliza ou o adolescente que o
acusou de ter matado a ex-namorada do jogador.
Braga diz que, quando
chegar a hora, seu cliente falará "toda a verdade porque
não tem nada a esconder".
Outro advogado de Bola,
Zanone Oliveira, defendeu
que o ex-policial fique calado
e não forneça material genético à polícia.
O advogado de Sérgio Camelo (primo de Bruno), Marco Antônio Siqueira, reafirmou que seu cliente só esteve
no sítio de Bruno, mas sem
participar da morte de Eliza.
Ontem, o delegado Edson
Moreira, que comanda as investigações, disse que os dados não foram liberados aos
advogados porque eles não
fizeram o pedido corretamente à presidente do inquérito, Alessandra Wilke.
"Quando for feito o pedido
correto, a parte que puder será franqueada, embora o inquérito seja sigiloso. Ninguém está impedindo o trabalho de ninguém", afirmou.
(PAULO PEIXOTO e RODRIGO VIZEU)
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