|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sede deveria ser em parque
da Reportagem Local
A Escola de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo está começando suas atividades em um galpão em Perdizes, zona sudoeste
de São Paulo, sob protestos dos
membros da associação mantenedora da instituição.
Desde que surgiu, a idéia era
que a faculdade tivesse como sede
o parque Modernista, na Vila Mariana, zona sudeste, que abriga a
primeira casa moderna de São
Paulo, projetada em 1927, pelo arquiteto Gregori Warchavchik
(1896-1972).
Em 97, o governador Mário Covas e o secretário de Estado da
Cultura, Marcos Mendonça, chegaram a assinar um protocolo de
intenções para transformar o parque na escola de arquitetura.
Mas, segundo Ciro Pironde, diretor da EAU-SP, o governo nunca deu a autorização definitiva.
"O projeto foi aprovado pelo
Condephaat (Conselho de Defesa
do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico)
e pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), mas nunca tivemos um
retorno. Ninguém nos disse nem
que sim nem que não", afirma.
Segundo Mendonça, a Secretaria de Cultura está em vias de retomar esse processo. "Fiquei fora
da secretaria quase um ano (para
se candidatar a deputado) e não
toquei mais nesse processo. A intenção realmente existe, vamos
fazer uma avaliação. Preciso levantar esse material e verificar as
possibilidades", disse.
Ele acrescenta, que na época,
também foi criada uma comissão
com membros de associações de
preservação do parque para analisar as propostas. "É claro que a
decisão final é do governo, mas o
comitê poderia opinar", disse.
A única certeza que o secretário
dá é que ele quer restaurar o imóvel para uso cultural. "A escola
pode ser uma alternativa", disse.
O projeto da associação, que foi
elaborado conjuntamente com
historiadores, artistas, filósofos,
engenheiros e outros profissionais, propõe a restauração do
próprio parque, com área de 13
mil m2. Também é prevista a recuperação da Casa Modernista, para
abrigar um centro de documentação histórica.
A segunda etapa, é a instalação
da escola, que prevê a construção
de um pavilhão, onde serão instaladas as salas de aulas, os ateliês e
um auditório.
A escola tem apoio das fundações Vilanova Artigas, Oscar Niemeyer e Lina Bo e Pietro M. Bardi.
Texto Anterior: Associação cria escola coletiva de arquitetura e urbanismo Próximo Texto: Nova faculdade abre seleção Índice
|