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VIOLÊNCIA
Crime ocorreu no bairro de Vila Madalena; taxista baleado está internado no Hospital das Clínicas
Dois são mortos ao sair de táxi em SP
da Reportagem local
Dois homens foram mortos na
madrugada de ontem por um outro não identificado quando
saíam de um táxi na rua Fidalga,
na Vila Madalena (zona sudoeste
de São Paulo). O taxista também
foi baleado e está em observação
no pronto-socorro do Hospital
das Clínicas.
Airton de Oliveira Dória e Ivan
de Paula Santos haviam pego o táxi na rua Arthur de Azevedo, em
Pinheiros, na mesma região.
Segundo a polícia, quando chegaram à rua Fidalga, Santos teria pedido para o taxista Ariovaldo de Oliveira Aurione parar o
carro próximo ao número 1.040.
Ele teria falado que uma garota o
esperava.
Santos desceu do carro e quando se aproximou da calçada foi
baleado por um homem. O tiro
acertou a cabeça do rapaz.
Ao presenciar a cena, Airton de
Oliveira Dória saiu do carro
para tentar fugir. Quando deixava
o táxi Fiat Uno, foi baleado. O taxista tentou fugir, mas também
foi atingido. Aurione levou tiros
na perna e no pé.
Os três foram levados ao pronto-socorro do Hospital das Clínicas. Os passageiros baleados acabaram morrendo.
O HC informou ontem que o estado de saúde do taxista é estável e
que ele permanece em observação no pronto-socorro.
Ivan de Paula Santos morava na
rua onde houve o crime. Airton
Dória vivia em uma rua próxima,
a Fradique Coutinho. Segundo alguns moradores da rua Fidalga,
os dois rapazes teriam envolvimento com drogas.
Na casa onde Santos morava
com a mãe ninguém quis comentar o crime. Familiares do rapaz
disseram que ele não bebia e não
usava drogas.
Roberto dos Santos Moraes, delegado de plantão do 14º DP (Pinheiros), onde o caso foi registrado, disse haver possibilidade de o
crime ter sido motivado pelo suposto envolvimento dos mortos
com drogas.
"Parece haver esse envolvimento", afirmou o delegado. Segundo
ele, Santos e Dória já haviam sido
processados. A polícia ainda não
tem pistas do assassino.
Morte violenta
As mortes violentas entre jovens registradas na Vila Madalena e em Pinheiros, como em outros bairros de classe média da zona sudoeste da capital, relacionam-se muito mais a acidentes de
trânsito, por exemplo, do que a
homicídios.
No caso de Pinheiros, o bairro
somou um homicídio e duas
mortes por acidente de trânsito
de jovens entre 15 e 24 anos, em
97, segundo dados do Pro-Aim
(Programa de Aprimoramento
das Informações de Mortalidade
no Município de São Paulo). Em
Perdizes, outro bairro da região,
não houve registro de assassinato
de jovens em 97, mas dois óbitos
por acidente de trânsito.
Esses números mudam quando
é avaliada a periferia da cidade.
Na Brasilândia, por exemplo, enquanto oito jovens morreram em
97 em acidentes de trânsito, outros 156 foram assassinados.
Na região de Pinheiros, são registrados por mês cerca de 45 furtos e roubos de veículos.
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